MST participa de marcha contra eucalipto no Vale do Paraíba

Representantes de vários movimentos sociais e entidades como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Associação de Favelas de São José dos Campos, a Convergência dos Movimentos Populares da América Latina (Compal) e o Movimento em Defesa dos Pequenos
Agricultores (MDPA) realizaram uma marcha em São Luís do Paraitinga, na última sexta-feira, 20 de abril. Eles denunciaram a expansão da monocultura de eucalipto na região.

A marcha saiu da Câmara Municipal de São Luís do Paraitinga às 14h, percorreu ruas do centro e terminou no Fórum, onde um abaixo assinado foi entregue às autoridades locais. O documento exigia a intervenção do Ministério Público para que o plantio de eucalipto seja suspenso e
proibido na região. Os movimentos reivindicam também punições para empresas como Votorantim Celulose, Papel VCP, Cia. Suzano de Papel e Celulose e Nobrecel Celulose e Papel por danos sociais e ambientais causados ao Vale do Paraíba.

As consequências da expansão indiscriminada da monocultura de eucalipto são evidentes na região do Vale do Paraíba. O cultivo ocupa hoje cerca de 20% da área territorial da região. Além dos prejuízos causados à sociedade por um modelo agrícola baseado na monocultura e no latifúndio,
com desrespeito à legislação trabalhista, diminuição da produção de alimentos e uso de agrotóxicos, o cultivo do eucalipto ameaça o meio ambiente.

O município de São Luís do Paraitinga fica à 177 km de São Paulo.