MTST é reprimido com violência em Taboão da Serra

Danilo Augusto
Radioagência NP

Por meio da violência a Guarda Municipal de Taboão da Serra impediu a mobilização do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na prefeitura do município – localizado na região metropolitana de São Paulo. Na última segunda-feira, dia 28, enquanto integrantes do movimento reivindicavam que o prefeito Evilásio Farias (PSB) cumprisse o acordo para desmembrar uma área de 58 mil metros para a construção de casas para as famílias, a guarda municipal chegou atirando. Mais de dez pessoas ficaram feridas e aproximadamente oito foram presas e depois liberadas.

As famílias são remanescentes do ex-acampamento Chico Mendes e foram incluídas pelo governo federal em um programa habitacional – que garante a construção de casas para as 800 famílias da ocupação. Mas segundo o MTST, sem o desmembramento do terreno não é possível iniciar as obras. Guilherme Boulos, da coordenação estadual do MTST, comenta que a manifestação só ocorreu devido ao acordo quebrado pelo prefeito.

“A prefeitura havia se comprometido em uma outra reunião a fazer esse desmembramento e entrar com uma contrapartida de infra-estrutura para atender nossas reivindicações, mas houve recuo do compromisso e uma tentativa de criminalizar o movimento, que se consolidou ontem com a postura truculenta da guarda. Agora nós vamos denunciar a postura do prefeito e da guarda em todos os espaços possíveis e o movimento vai continuar fazendo lutas em Taboão da Serra. Vamos fazer novas marchas e se for preciso, vamos ocupar a prefeitura novamente.”

No início deste mês, por meio de muitas mobilizações, o MTST conseguiu uma área para abrigar aproximadamente 350 famílias no município de Itapecerica da Serra.