5° Congresso do MST aprova moções de solidariedade e repúdio

Os quase 18 mil trabalhadores rurais Sem Terra reunidos em Brasília, entre os dias 11 e 16, para participar do 5° Congresso Nacional do MST, aprovaram dez moções públicas. Entre elas, a moção parabenizando Orçar Niemeyer pelos seus 100 anos de vida, a serem completados no dia 15 de dezembro, e a carta a Dom Pedro Casaldáliga, confraternizando por sua luta em prol das comunidades indígenas e dos lutadores pela Reforma Agrária. [Veja aqui as moções de apoio e solidariedade]

Os trabalhadores também aprovaram carta de apoio aos trabalhadores da Cipla e INterfibra em Joinvile/SC, que sofreram ação violenta por parte da Polícia Federal, e também, de apóia a sociedade de Fortaleza, que pretende realizar um plebiscito para decidir sobre a construção da torre empresarial Gereissati – edificação de dezoito andares projetada para ser construída às margens do Rio Cocó, principal bacia hidrográfica da capital cearense.

Entre as moções de repúdio destaque para a nota proposta pela Direção Estadual do MST no Rio, que condena a aprovação, pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), do Projeto de Lei 383/2007, do governador Sérgio Cabral. A proposição prevê mudanças no zoneamento ecológico, permitindo a expansão do plantio da monocultura do eucalipto no estado. A proposta foi acatada por 39 votos a 11.

Repúdio também recebeu o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, por ter afastado de suas funções o juiz de direito, Jorge Moreira, por sua atuação comprometida com os Direitos Humanos. [Veja aqui as moções de repúdio e protesto]

Além das notas de solidariedade e repúdio, o 5° Congresso também aprovou moções de protesto, por exemplo, contra a violência e o genocídio dos Povos Indígenas no Mato Grosso do Sul. Nos últimos dias, pelo menos quatro Kaiowá Guarani, foram assassinados no Cone Sul do Mato Grosso do Sul.