Movimentos lançam Campanha pela reestatização da Vale

Cerca de 150 pessoas ligadas aos sindicatos de categoria, movimentos sociais, pastorais e partidos de esquerda lançaram em Maringá (PR), na manhã do último sábado, dia 7 de julho, a Campanha Nacional que visa Anular o Leilão da Companhia Vale do Rio Doce. A empresa era a segunda maior empresa estatal brasileira e foi privatizada no ano de 1997 pelo então governo Fernando Henrique Cardoso.

Naquele ano, a Companhia foi vendida por cerca 3,3 bilhões de reais. Porém, estimava-se na época que seu real valor era de 92 bilhões de reais, ou seja, 28 vezes mais. Além disso, a Vale do Rio Doce não representava prejuízos para o Estado brasileiro, pelo contrário, a empresa – que é a maior mineradora de ferro do mundo – tem rentabilidade líquida de aproximadamente 4 bilhões de reais por ano.

Em virtude desse e de outros questionamentos sobre a regularidade da privatização da Companhia que organizações e movimentos sociais realizam entre os dias 1° e 7 de setembro, o Plebiscito Popular sobre a legitimidade do leilão da Vale do Rio Doce.

O ato aconteceu na Praça Raposo Tavares no centro de Maringá e contou com apoio e organização de várias entidades da cidade e municípios da região Noroeste do Paraná, como Paranacity, Santa Cruz do Monte Castelo, Mandaguari, Paiçandú, Cruzeiro do Sul, Terra Rica, Querência do Norte, Amaporã, Planaltina do Paraná e Sarandi.

Estavam presentes representantes da APP-Sindicato, da Assembléia Popular, da Via Campesina, da Comissão Pastoral da Terra, do MST, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), do Movimento Estudantil, da Pastoral da Juventude, do Sindicato dos Engenheiros, do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá, da Pastoral Afro-brasileira, do Conselho de Religiosos do Brasil, além de membros do PSOL, PT e PV.