Manifestações do Grito dos Excluídos trabalham a conscientização popular

Juliano Domingues,
Radioagência NP

As manifestações deste ano, da 13º edição do Grito dos Excluídos, afirmaram que o Brasil ainda não é um país independente, já que o uso de seus recursos naturais e os rumos de sua política econômica são ditados por interesses estrangeiros. A edição aconteceu na última sexta-feira, dia 7, dia que comemoramos a independência do Brasil.

De acordo com informações da própria organização, as manifestações ocorreram em mais de mil localidades espalhadas em todos os estados do país, em atividades que também estiveram relacionadas com o Plebiscito Popular que questionou a privatização da Companhia Vale do Rio Doce.

Der acordo com o coordenador nacional do Grito dos Excluídos, Luiz Basségio, as manifestações tiveram como critério a participação popular. “Quem organiza o Plebiscito, na elaboração da perguntas, na aplicação e na computação dos dados é o povo. Então é o protagonismo no sentido de que os sujeitos das possíveis mudanças que nós buscamos, deve ser o povo. As mudanças não vão cair do céu. Elas vêm de fato da organização e da participação popular”.

O integrante ainda faz um balanço dos resultados das manifestações que envolveram o Plebiscito da Vale. “Primeiro a unidade que esse processo consegue construir em torno das várias forças sociais. Outro ponto importante que é balela essa história de que o povo não entende de Vale. O povo não entende quando as autoridades não querem que ele entenda. Agora com todos os processos que nós fizemos de formação sobre a falcatrua que foi o leilão da Vale, o povo passa a discutir aquilo que é patrimônio da população e que deve ser respeitado e que o povo deve ser consultado”.