Organização internacional condena ações da Stora Enso

Em declaração feita hoje à Agencia das Notícias da Finlândia, a sede central da trasnacional Stora Enso lamentou a violência policial contra as manifestantes da Via Campesina que ocuparam fazenda ilegal da empresa no Rio Grande do Sul. Durante a ação em protesto contra a monocultura do eucalipto, camponesas derrubaram árvores cultivadas pela empresa e plantaram espécies nativas no lugar.

A Associação dos Amigos dos Sem Terra considera positiva a declaração dada pela empresa, pois o ato mostra que a Stora Enso percebe parte da responsabiliadade que tem sobre a brutal violência a que foram submetidas mulheres e crianças que ocupavam a fazenda. No dia da ocupação, a Brigada Militar foi acionada para reprimir a ação. Com isso, 60 mulheres foram feridas pela polícia e duas presas.

A Associação ainda exige que a transnacional pare de comprar de terras no Brasil para plantar eucalipto, já que este tipo de monocultivo agride de maneira irreversível os bioams das regiões onde é implementado.

“Talvez a diretoria nórdica da empresa não não esteja completamente conciente de como Stora está gravemente envolvida nos conflitos da terra no Brasil” diz Markus Kröger, pesquisador finlandês que está finalizando uma tese de doutorado sobre a interação entre a industria papeleleira e o Movimento Sem Terra. “Stora Enso tem que analisar criticamente as ações da sua diretoria brasileira e tomar um controle mais responsável das coisas. Os direitores brasileiros, que são da linha dura de indústria papeleleira, pioram os conflitos da terra no país”, conlcui.

O Estado da Finlândia possuí um quarto do capital da empresa e tem controle, junto com o Kansaeläkelaitos (Instituto da Previdência Social Finlândes), de quase 38% do poder deliberativo. A Associação exige também que o ministro Jyri Häkämies, responsável pela administração da propriedade Estatal, tome responsabilidade pelo envolvimento da Stora Enso comn a violência e a especulação da terra no Brasil.