Assentados cobram créditos agrícolas

Cerca 2 mil assentados do MST, realizam manifestações em frente agências do Banco do Brasil, em vários municípios do Paraná para exigir a criação de um novo crédito agrícola que dê condições estruturais de produção de autoconsumo e infra-estrutura aos assentamentos de Reforma Agrária.

As mobilizações acontecem durante esta quarta-feira (16/04), nas agências do Banco do Brasil de Campo Mourão, Reserva, Lapa, Iratí, Laranjeiras do Sul, Quedas do Iguaçu, Arapongas, Terra Rica, Santa Cruz do Monte Castelo, Querência do Norte, São Jerônimo da Serra, Santa
Cecília do Pavão, Marmeleiro e União da Vitória.

O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) é insuficiente para atender ao público da reforma agrária e da agricultura familiar. Apenas 15% das famílias conseguem acessar o crédito, que não considera especificidades das áreas de Reforma Agrária.

Pauta

A mobilização em frente aos bancos cobram a liberação do crédito de habitação rural, para construção e reforma de casas. No Paraná, os assentados esperam a construção de 13 mil moradias em assentamentos, para este ano. Os recursos que são disponibilizados pela Caixa, não
foram liberados até o momento.

A pauta também apresenta reivindicações de R$ 3 milhões e 500 mil para a construção de agroindústrias no estado, através do Programa Terra Sol, em parceria entre Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário); desbloqueio de recursos do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária),
de 2007 e 2008, para a manutenção de cursos formais, em convênio com universidades no Estado; além de assistência técnica para 15 mil famílias assentadas, para os próximos quatro anos e ampliação de recursos do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), coordenado pela
Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), para compra de alimentos produzidos nos assentamentos de Reforma Agrária.