MST não possui qualquer vínculo com reitoria da CUFSA

Nota de esclarecimento para a comunidade acadêmica do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA). Diante das alegações feitas pelo reitor desse Centro Universitário, sr. Odair Bermelho, em entrevista concedida ao Diário do Grande ABC no dia 11 de maio (domingo), nós, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vimos esclarecer que: 1. Não existe nenhum vínculo de qualquer instância do MST com o reitor e/ou a reitoria do CUFSA;

Nota de esclarecimento para a comunidade acadêmica do Centro Universitário Fundação Santo André (CUFSA).

Diante das alegações feitas pelo reitor desse Centro Universitário, sr. Odair Bermelho, em entrevista concedida ao Diário do Grande ABC no dia 11 de maio (domingo), nós, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), vimos esclarecer que:

1. Não existe nenhum vínculo de qualquer instância do MST com o reitor e/ou a reitoria do CUFSA;

2. Não temos conhecimento de nenhum contato e/ou visita feita pelo reitor em acampamentos e assentamentos coordenados pelo MST em qualquer região do Brasil, e repudiamos a utilização de qualquer imagem que possa insinuar qualquer associação entre a reitoria do CUFSA e o MST, como foi feito na evidente operação de desinformação/contra-informação do reitor Odair Bermelho em sua entrevista.

3. Em relação ao projeto de curso especial de graduação em Gestão de Organizações Sociais e Cooperativas, esclarecemos que: entre 2004 e 2005 aconteceram conversações no sentido de implementar um convênio entre o CUFSA, a Escola Nacional Florestan Fernandes/MST e o Programa Nacional de Educação em Reforma Agrária(PRONERA/)/Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Esse convênio vai enfrentar inúmeras dificuldades para ser implementado, pois, principalmente após abril de 2006, percebemos que o CUFSA iniciou um processo de intervenção na proposta pedagógica e nos objetivos do curso, além de não cumprir uma série de compromissos firmados em reuniões entre as partes. Desde abril de 2006 surgem inúmeros conflitos nas negociações para a realização do curso. Percebemos que os representantes do CUFSA neste processo, indicados pelo reitor, não demonstravam nenhum interesse em fazer avançar de fato, uma proposta de curso que preservasse a autonomia e os princípios político-pedagógicos dos movimentos sociais que seriam beneficiados com esse tipo de convênio. Diante do não cumprimento de vários prazos e da falta de disposição por parte do CUFSA em implementar o projeto, diante do oportunismo da reitoria, que fazia propaganda da existência do curso e, ao mesmo tempo, criava todas as dificuldades para o mesmo se consolidar, decidimos encaminhar para o PRONERA/INCRA o pedido de cancelamento do convênio.

4. Por causa dos problemas criados pelo CUFSA nesse processo, a instituição foi incluída no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal, informação que pode ser confirmada em consulta aos representantes do PRONERA/INCRA.

5. Durante todo esse processo nós estivemos à disposição para dialogar, pois considerávamos que o fundamental era estabelecer uma relação direta entre os estudantes e professores do CUFSA e os assentados de projetos de reforma agrária, mas fortalecendo assim o princípio de que o conhecimento deve ser entendido como um instrumento de luta pela transformação das relações econômicas e sociais.

6. Infelizmente não pudemos realizar esta parceria, por desacordo entre as partes, mas seguimos adiante com inúmeros convênios firmados com universidades públicas de todo o Brasil (cursos de graduação em Pedagogia, Direito, Geografia, História, Agronomia, Letras, entre outros) e da América Latina (graduação em Medicina e Agroecologia, na Venezuela, e graduação em Medicina em Cuba).

7. Reafirmamos que continuaremos nossa luta para derrubar as cercas que impedem o acesso de jovens trabalhadores e trabalhadoras ao ensino superior, por isso estaremos juntos com todos e todas que defendem a educação pública, gratuita e de qualidade.

REFORMA AGRÁRIA: POR JUSTIÇA SOCIAL E SOBERANIA POPULAR!

São Paulo, 12 de maio de 2008.

Direção Estadual do MST-SP