Movimentos populares reivindicam tarifa social na Eletropaulo em SP

Cerca de 500 pessoas organizadas na Central de Movimentos Populares de São Paulo (CMP), a União de Movimento de Moradia (UMM), Assembléia Popular e outras entidades, se reuniram na Praça da Sé, por ocasião do dia de mobilização em defesa das políticas públicas com participação popular e contra as privatizações, na quinta-feira (29/5).

Os manifestantes caminharam pela manhã até a AES Eletropaulo e fizeram a entrega de 500 autodeclarações que garantem a Tarifa Social Baixa Renda para aqueles que consomem até 220kwh mês. Isto significa um desconto de até 65% na conta de luz.

Além disso, foi protocolado na distribuidora um documento com várias reivindicações a respeito da cobrança de tarifas de energia elétrica. Entre elas, a publicidade ampla sobre a questão da Tarifa Social e a negociação viável de contas vencidas, sem o corte da luz por motivo de inadimplência.

Segundo Cida Tijiwa, da coordenação da CMP, desde a privatização da distribuidora, os serviços pioraram consideravelmente e muitos não recebem as contas, ou recebem duplicadas e tem que pagar duas vezes. Além disso, as leituras não correspondem ao consumo e o atendimento é péssimo.

Cida lembra que a Eletropaulo pertence ao grupo AES Corporation, dos Estados Unidos. “Grande parte do lucro que a empresa obtém com a venda da energia vai para os americanos”, completa. Muitos trabalhadores, de diversos estados, já fizeram entregas coletivas das autodeclarações e conquistaram o direito à Tarifa Social.

Tânia Vieira, militante do MAB de Rondônia, obteve da Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) desconto de R$13 reais na sua conta de luz. Já a moradora de Aratiba (RS), Sigerlei Prezotto, afirma que sua conta diminuiu R$ 17,00 depois que entregou a autodeclaracao na RGE (Rio Grande Energia).

Além da questão da tarifa de energia, a mobilização reivindicou também ampla reforma urbana e política habitacional em SP; políticas públicas para as mulheres; geração de emprego e renda; efetivação do SUS; políticas públicas para a criança e o adolescente, para a cultura, e para a população GLBTT, entre outras.