Monsanto terá curso em universidade pública

O jornal Brasil de Fato desta semana (ed. 284) denuncia mais uma acordo que coloca instituições públicas a serviço dos interesses privados. A Monsanto firmou um convênio com a USP (Universidade de São Paulo), no início deste ano, cuja versão original do contrato, revisto após pressão de professores, submetia a USP a sigilo absoluto e a subordinava a uma lei dos EUA. Uma cláusula que permaneceu no documento, a oitava, estabelece que a Universidade e sua Fundação, a Fusp, são obrigadas a manter sigilo em relação à toda informação relacionada às atividades da Monsanto.

A matéria esmiúça uma parceria que vem sendo desenvolvida entre a USP e a transnacional, inserida dentro de um projeto de pré-iniciação científica para estudantes do ensino médio da rede estadual, feito também em parceria com a Secretaria de Educação do Estado.

Segundo a apuração, a USP disponibilizará seus laboratórios e alguns docentes que aceitem receber esses estudantes. A Monsanto financiará parte do projeto, num valor de R$ 220 mil, destinado a garantir bolsas a professores da rede estadual que acompanharão os alunos participantes. Ao todo, o projeto atingirá 500 estudantes e 60 docentes. As bolsas estudantis serão, por sua vez, financiadas pelo banco Santander, com uma verba bastante superior àquela fornecida pela Monsanto.

Leia a íntegra da matéria no jornal Brasil de Fato desta semana.

Confira também a matéria O mundo da Monsanto, que sai no próximo número (46) da Revista Sem Terra e traz a pesquisa de uma jornalista francesa sobre a transnacional. Um verdadeiro dossiê sobre os crimes praticados pela transnacional com o apoio de uma teia de articulações políticas e manipulações em todo o mundo.