Movimentos sociais ocupam sede da Petrobrás no Rio

Mais de 500 pessoas acabam de ocupar a sede administrativa da Petrobrás, na Avenida Chile, Centro do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (17/12). Os manifestantes exigem o cancelamento dos leilões, em especial, a 10ª Rodada de Licitações do Petróleo e Gás brasileiros, que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) convocou para os dias 18 e 19 deste mês. A mudança da legislação que regula o setor de petróleo e gás, permitindo a privatização desses recursos minerais, é outra reivindicação da ocupação.

Os manifestantes solicitam a realização de uma reunião com o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, para que possam debater o cancelamento do leilão marcado para começar amanhã. Para a Campanha Nacional pelo Petróleo o Governo Federeal deve manter o compromisso de destinar os
recursos do petróleo para suprir as necessidades básicas do povo brasileiro, como educação, saúde, reforma agrária e não destiná-los às multinacionais.

Serão ofertados na 10ª rodada 130 blocos exploratórios em terra, dividido em oito setores, de sete bacias sedimentares: Sergipe-Alagoas; Amazonas; Paraná; Potiguar; Parecis; Recôncavo e São Francisco. No total serão oferecidos aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados em áreas para
exploração e produção de petróleo e gás natural. Atualmente, o Brasil é o país que dispõe da maior área sedimentar com potencial para petróleo e/ou gás ainda por explorar no mundo, segundo a própria ANP.

Os sindicatos de petroleiros também estão ingressando na Justiça com Ações Civis Públicas, cobrando a suspensão da 10ª Rodada de Licitações da ANP. Além das manifestações, está correndo um abaixo-assinado exigindo o fim dos leilões e a recuperação da Petrobrás 100% estatal.

Participam também do protesto MST, MTD (Movimento dos Trabalhadores Desempregados), Sindicato dos Petroleiros do Rio, FNP, FUP, Via Campesina, CONLUTAS, INTERSINDICAL, UNE-FOE, Movimento Estudantil.