Movimento cobra justiça contra Alessandro Meneghel

No início deste ano, (02/01) o presidente da SRO (Sociedade Rural do Oeste), Alessandro Meneghel foi preso na cidade de Toledo, no Paraná, por porte ilegal de arma de fogo. Em suas declarações públicas, tenta justificar o porte de arma ilegal por, supostamente, sofrer ameaças do MST. O MST considera tais afirmações uma afronta a verdade e a justiça, já que nunca houve qualquer ameaça do movimento ao fazendeiro, além do que na região não existe nenhuma situação que justifique o porte de arma. Vale ressaltar que na decisão contra o pedido de Habeas Corpus ao fazendeiro – divulgada na semana passada -, o juiz responsável pelo caso relata que Meneghel já se envolveu por oito vezes em delitos por porte de arma.

Lembramos ainda que fazer ameaças é uma prática comum de Alessandro Meneghel, tendo a imprensa publicado por diversas vezes tais fatos. Em julho do ano passado, por exemplo, Meneghel ameaçou impedir a realização da Jornada de Agroecologia, em Cascavel. Em 2006, durante uma marcha organizada pelo MST até a Syngenta, Em Santa Tereza do Oeste, em protesto ao plantio de alimentos transgênicos, os trabalhadores foram ameaçados com pedaços de pau e tiros para o alto, numa atividade comandada por Meneghel, que no ato chegou a agredir fisicamente alguns trabalhadores. Também foi o ruralista quem criou o MPS (Movimento dos Produtores Rurais), com o objetivo de arrecadar fundos para contratar seguranças que fizessem despejos em acampamentos de trabalhadores rurais.

O MST espera que as autoridades competentes realizem uma ampla investigação sobre este caso, que tem demonstrado claramente o envolvimento do fazendeiro Alessandro Meneghel com a formação de milícias armadas e tráfico de armas na região. E responsabilize os verdadeiros responsáveis, para o fim da impunidade e da violência no campo.

Direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST-PR