Jornada internacional contra os efeitos da crise mobiliza o povo alagoano

A manifestação em defesa dos direitos dos trabalhadores prejudicados com a crise internacional do capitalismo reuniu hoje no centro de Maceió cerca de cem trabalhadores, que dialogaram com quem passava sobre a origem e os efeitos da crise econômica para quem trabalha. Movimento estudantil, sindicatos, partidos da esquerda faziam questão de ali colocar com clareza que a crise tem origem no centro do Capital e que sua solução está na luta por novos paradigmas sociais baseados na apropriação coletiva da produção.

“Já está dado a incompetência do Capitalismo em gerir a sociedade. Só com a construção do Socialismo em grandes processos de luta garantiremos o acesso aos frutos do trabalho de todos”, afirma Ésio Melo da União da Juventude Rebelião (UJR). A garantia da estabilidade dos trabalhadores nos empregos parece ser uma das preocupações principais dos que lutam. Até a idéia de um projeto de lei que parta do Executivo garantindo essa estabilidade e a estatização das empresas que desrespeitarem esse princípio foi ventilada nas falas a quem passava.

A crise nos apresenta a prova histórica da falência do neoliberalismo e sua perspectiva de Estado mínimo (são os próprios capitalistas que estão correndo em busca do socorro dos bancos públicos), além de abrir o campo para discussões de mudanças mais concretas, como a Reforma Agrária Popular, que pode trazer alimentos saudáveis para as mesas no campo e na cidade e garantir uma sustentabilidade econômica para uma grande população. Gustavo Pessoa, militante do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) diz que “a Reforma Agrária sempre foi uma luta indissociável de nossos discursos e nesse contexto de crise essa demanda se torna ainda mais forte, contribuindo estrategicamente para o fortalecimento da unidade entre os que lutam, seja na cidade ou no campo”.