Sem Terra permanecem mobilizados em São Paulo

Na última quinta-feira (30/4), as 150 famílias Sem Terra que realizaram a ocupação da fazenda Ibiti, no município de Itararé, se retiraram do local cumprindo uma ordem judicial. No momento, os trabalhadores aguardam um posicionamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) sobre a destinação da fazenda e a situação das famílias.

A área é um latifúndio de mais de nove mil hectares e há 13 anos sua desapropriação foi decretada e deveria ser destinada para a Reforma Agrária. No entanto, em 1991, o decreto foi revogado. Desde então, a área vem sendo explorada irregularmente por empresas privadas.

No Vale do Paraíba, as 250 famílias seguem acampadas desde o dia 17 de abril para denunciar a má utilização dos 300 hectares de terras da fazenda Guassahy. Os Sem Terra buscam diálogo com a Prefeitura de Taubaté, que se mostra displicente no trato da questão. Os trabalhadores exigem que a área da fazenda seja utilizada para o assentamento das famílias da região.

O local é de propriedade da Prefeitura do município de Taubaté, que usa o espaço para especulação, negociando a cessão da área com grandes grupos empresariais, em transações não transparentes e que nada trouxeram de efetivo para a região.