Linhas políticas reafirmadas no IV Congresso Nacional do MST – 2000

1. Intensificar a organização dos pobres para fazer lutas massivas em prol da Reforma Agrária 2. Construir a unidade no campo e desenvolver novas formas de luta. Ajudar a construir e fortalecer os demais movimentos sociais existentes no campo, especialmente o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores).

1. Intensificar a organização dos pobres para fazer lutas massivas em prol da Reforma Agrária

2. Construir a unidade no campo e desenvolver novas formas de luta. Ajudar a construir e fortalecer os demais movimentos sociais existentes no campo, especialmente o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores).

3.Combater o modelo das elites, que defende os produtos transgênicos, as importações de alimentos, os monopólios e as multinacionais. Projetar na sociedade a reforma agrária que queremos para resolver os problemas de: trabalho, moradia, educação, saúde e produção de alimentos para todo povo brasileiro.

> Realizar debates com a sociedade em geral, nos colégios, etc..
> Promover campanhas para evitar o consumo de alimentos transgênicos pelo povo.
> Realizar ações de massa contra os símbolos do projeto deles, e deixar claro qual é o nosso projeto para a sociedade.

4.Desenvolver linhas políticas e ações concretas na construção de um novo modelo tecnológico, que seja sustentável do ponto de vista ambiental, que garanta a produtividade, a viabilidade econômica e o bem estar social.

5.Resgatar e implementar em nossas linhas políticas e em todas atividades do MST e na sociedade, a questão de gênero.

6. Planejar e executar ações de generosidade e solidariedade com a sociedade desenvolvendo novos valores e elevando a consciência política dos trabalhadores Sem Terra.

> Organizar calendários para as atividades solidárias.
> Implementar ações de solidariedade com trabalhadores de outros países(de todo mundo).
> Desenvolver ações de solidariedade com crianças abandonadas.
> Organizar viveiros de mudas para distribuir nas cidades.
> Transformar a prática da solidariedade como uma forma permanente de nossas atividades.
> Desenvolver na nossa base e na sociedade ações políticas contra a repressão política, que atinge militantes e organizações sociais.

7.Articular-se com os trabalhadores e setores sociais da cidade para fortalecer a aliança entre o campo e a cidade, priorizando as categorias interessadas na construção de um projeto político popular.

> Desenvolver com os trabalhadores desempregados a ocupação das áreas ociosas nas periferias das cidades e organizar atividades produtivas.
> Realizar atividades de formação política em conjunto com jovens da classe trabalhadora.
> Apoiar os movimentos de luta pela moradia.
> Organizar acampamentos.

8.Desenvolver ações contra o imperialismo combatendo a política dos organismos internacionais a seu serviço como: o FMI (Fundo Monetário Internacional), OMC (Organização Mundial do Comércio), BIRD (Banco Mundial) e a ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas). E lutar pelo não pagamento da dívida externa.

> Lutar contra as privatizações das empresas brasileiras.
> Defender a cultura brasileira frente as agressões culturais imperialistas.

9.Participar ativamente nas diferentes iniciativas que representem a construção de um projeto popular para o Brasil.

10. Resgatar a importância do debate em torno de questões importantes como: meio ambiente, biodiversidade, água doce, defesa da bacia de São Francisco e da Amazônia. Transformando em bandeiras de luta para toda a sociedade, como parte também da reforma agrária.

> Articular-se com os demais setores sociais para desenvolver esse trabalho, e intensificar o debate na nossa base e escolas de assentamentos.
> Desenvolver e participar de campanhas nacionais em torno destas questões.
> Desenvolver campanha de preservação do meio ambiente em todos assentamentos.
> Promover o desenvolvimento de políticas específicas a situação do cerrado e do semi-árido.

11.Continuar conscientizando a população do campo e da cidade sobre a importância da Reforma Agrária.

12.Preparar desde já, junto com as demais forças sociais e políticas, uma jornada de lutas, prolongada e massiva para o primeiro semestre de cada ano.(tendo como referência dia 17 de abril).