MST marcha por Reforma Agrária em São Gabriel

Cerca de 350 famílias Sem Terra iniciam nesta terça-feira (8/9) uma marcha em direção às fazendas Antoniazzi, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul (RS). Elas partem do Acampamento Elton Brum da Silva, localizado na rodovia RS-290, e caminham cerca de 15 km até as áreas. As famílias que marcham são as mesmas que foram despejadas no último dia 21/8 da fazenda Southall, ocasião em que o trabalhador Elton Brum da Silva – que hoje dá nome ao acampamento – foi morto com tiros de espingarda nas costas por um policial.

Cerca de 350 famílias Sem Terra iniciam nesta terça-feira (8/9) uma marcha em direção às fazendas Antoniazzi, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul (RS). Elas partem do Acampamento Elton Brum da Silva, localizado na rodovia RS-290, e caminham cerca de 15 km até as áreas. As famílias que marcham são as mesmas que foram despejadas no último dia 21/8 da fazenda Southall, ocasião em que o trabalhador Elton Brum da Silva – que hoje dá nome ao acampamento – foi morto com tiros de espingarda nas costas por um policial.

O objetivo é pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Justiça Federal de Santana do Livramento (RS) para que desapropriem as fazendas Antoniazzi. A área teve seu processo de
desapropriação suspenso pelo juiz Belmiro Krieger, que voltou atrás de sua decisão e concederia a imissão de posse das fazendas. No entanto, o Incra e o governo federal desistiram das áreas.

As famílias Sem Terra também querem que o Incra desaproprie mais áreas a fim de assentar todas as duas mil famílias que estão acampadas em beira de estrada no Estado. Para isso, o MST exige mudanças na política de aquisição de terras para a Reforma Agrária no RS. “Se o governo federal tem dinheiro para renegociar a dívida do agronegócio, deve também ter dinheiro para fazer a Reforma Agrária e investir na infra-estrutura dos assentamentos”, aponta a coordenação estadual do MST-RS.

Antoniazzi

Nas fazendas Antoniazzi – que somam sete mil hectares – podem ser assentadas cerca de 400 famílias Sem Terra. O MST exige que o Incra e o governo federal desapropriem a área para a Reforma Agrária e que também assentem as duas mil famílias acampadas no Estado.