Marcha de Alagoas chega em Olho D’Água das Flores

[img_assist|nid=8285|title=|desc=|link=none|align=left|width=428|height=640]Desde o último dia 30/09 a Marcha Estadual por Reforma Agrária e Soberania Popular, mobilizada por 1500 trabalhadores e trabalhadoras do MST, já percorreu mais de 90km partindo de Delmiro Gouveia, passando por Olho D'Água do Casado, povoados de Piau e Caboclo, São José da Tapera e assentamentos no caminho até Olho D'Água das Flores.

[img_assist|nid=8285|title=|desc=|link=none|align=left|width=428|height=640]Desde o último dia 30/09 a Marcha Estadual por Reforma Agrária e Soberania Popular, mobilizada por 1500 trabalhadores e trabalhadoras do MST, já percorreu mais de 90km partindo de Delmiro Gouveia, passando por Olho D’Água do Casado, povoados de Piau e Caboclo, São José da Tapera e assentamentos no caminho até Olho D’Água das Flores. “A receptividade da população tem sido a grande marca de nosso trajeto”, afirma Zé Carlos França da Direção Estadual do Movimento, explicando que “esse processo educativo, de diálogo e conscientização das populações locais é algo inédito para a maioria das localidades que passamos”. A coordenação da Marcha Estadual garante que não somente a imagem dos movimentos sociais ganha um novo entendimento pelo povo do sertão, como eles passam a enxergar para si próprios essa possibilidade de organização para conquistas sociais.

A Marcha está imersa num processo de pressão popular para que os governos em nível federal e estadual acelere o processo de Reforma Agrária. Seja a publicação da portaria que atualiza os índices de produtividade rural, o assentamento de todas as famílias acampadas, até a ampliação do crédito para infra-estrutura para os assentamentos, o MST está exigindo medidas concretas do poder público e segue em marcha diária até a capital Maceió.

Iniciada na última quarta-feira (30/09), a Marcha Estadual por Reforma Agrária e Soberania Popular chegou na manhã de hoje a Olho D’Água das Flores, onde a Operação Primavera, da Polícia Federal, já prendeu onze membros ligados ao grupo do atual prefeito sob acusação de desvio de mais de R$ 5mi. O MST foi recepcionado pela Comisão de Cidadania de Olho D’Água, organização que aglomera a Central Única dos Trabalhadores (CUT), diversos sindicatos (Sinteal, Sindprev, etc) e movimentos populares locais.

“Prefeito, se é ladrão, tem que estar preso!”, disparou Lenilda Lima, vice-presidenta da CUT, no seu discurso direcionado aos trabalhadores rurais no Ginásio Municipal de Esportes, em alusão aos onze nomes do alto escalão municipal, entre secretários e assessores, presos pela Operação Primavera da Polícia Federal. A Marcha tem entre seus objetivos discutir com as populações dos municípios por onde passa os problemas locais e possíveis soluções que privilegiem medidas populares.