Manifesto aponta para fundação do Conselho de Movimentos Sociais da Alba

MANIFESTO GERAL DA PRIMEIRA CÚPULA DE CONSELHOS DE MOVIMENTOS SOCIAIS DA ALBA-TCP Cochabamba, 15 ao 17 de 2009 PARA A FUNDAÇÃO DO CONSELHO DE MOVIMENTOS SOCIAIS DO “ALBA - TCP”

MANIFESTO GERAL DA PRIMEIRA CÚPULA DE CONSELHOS DE MOVIMENTOS SOCIAIS DA ALBA-TCP

Cochabamba, 15 ao 17 de 2009

PARA A FUNDAÇÃO DO CONSELHO DE MOVIMENTOS SOCIAIS DO “ALBA – TCP”

Durante muitos anos nossos povos e nações originárias foram saqueados permanentemente e reduzidos a simples colônias pelos países mais poderosos do mundo, que no seu afã de acumulação de riqueza invadiram nossos territórios, se apossaram de nossas riquezas, culturas, consciências, alienando nosso trabalho e ofendendo a nossa mãe terra depredando os recursos que existe nela atrás de lucro desmedido.(…)

Os movimentos sociais, expressão das organizações indígenas originárias, afro descendentes, camponesas, organizações sindicais, juvenis, gremiais, os professores, os operários, os sem-terra, os produtores cocaleiros, as juntas de vizinhos, profissionais progressistas e outros que lutam não só por reivindicações salariais, mas também pela vida e o respeito à mãe terra, desde antes, e como sempre foram os verdadeiros artífices da revolução e das transformações profundas.

Não esqueçamos que os movimentos sociais jogamos um papel central nos últimos anos na perspectiva de uma democratização e descolonização profunda de nossos países, por uma mudança substantivo e genuinamente transformador tanto no econômico, como no superestrutural de nossa Abya Ialá. (…)

Com efeito o que estamos vivendo na América Latina é parte de um processo [abarcador] de [reapropiación] social de nosso destino, de novas formas de organização política, horizontal, de democracia direta e participativa, de uma economia plural que recupere os recursos naturais em benefício dos povos, de uma construção de novas relações sociais harmônicas, solidárias e comunitárias de produção.

Agora com uma força inusitada surge na América e o mundo o grito de liberdade, de luta pela recuperação de nosso território, de nossas liberdades, de nossa soberania; milhares de irmãos se somaram à causa revolucionária para libertar a pátria, milhares deles oferendaram suas vidas nesta tentativa, em diferentes épocas e de diferentes atitudes, mártires da revolução foram os Tupac Katari, Tupac Amaru, Bartolina Cava, Manuela Saenz, Apiaguayki Tumpa, Juana Azurduy de Padilla, Santos Pariamo, Marcelo Quiroga Santa Cruz, Inti Peredo, Lempira o herói da revolução hondurenha, o libertador Simón Bolívar, Augusto Cesar Sandino, José Martí, Ernesto Che Guevara, Salvador Allende. Luis Espinal e atualmente os cinco patriotas cubanos que purgam você condena você perpetua pelo só feito de lutar contra o terrorismo, contra o imperialismo.

Esta Primeira Cúpula do Conselho de Movimentos Sociais no marco da Alba-TCP, é uma Cúpula histórica que permite a participação direta dos movimentos sociais nos diferentes meios de cooperação e solidariedade, a diferença de outros mecanismos de integração de países, que nunca consideraram a participação plena dos povos e nações, limitando-se a meros intercâmbios de interesses mercantilistas que vão contra da integração e reciprocidade de povos e nações da grande Abya Ialá latino-americana.

Neste contexto a Aliança Bolivariana para os Povos de nossa a América e o o Caribe, se constitui em um verdadeiro espaço de construção de uma nova pátria latino-americana, levando a bandeira da humanidade pela sua definitiva emancipação. Por isso estamos dispostos a combater contra a exploração do homem pelo homem, considerando que existe a latente necessidade de uma “segunda independência”.

Esta Cúpula Internacional, é o cumprimento dos Movimentos Sociais dos países membros da Alba-TCP, à VII Cúpula de Presidentes da Aliança Bolivariana para os Povos de nossa a América – Tratado de Comércio dos Povos, que durante meia década luta pelo desaparecimento de toda forma de dominação e exploração contra os povos e a construção de relações de complementaridade e ajuda recíproca em procura de seu desenvolvimento e de alcançar o bom viver.

Aqui, desde o coração da América Do Sul, desde os povos combatentes, as organizações indígenas originários camponesas, operários, trabalhadores, estudantes, classe média e profissionais comprometidos com seu povo da Venezuela, Cuba, a Bolívia, Antígua y Barbuda, o Equador, a Nicarágua, Honduras, o consórcio De municípios de Dominica, São Vicente e as Granadinas, combinados no Conselho de Movimentos Sociais da Alba-TCP, nos comprometemos a defender os princípios revolucionários da Alba-TCP, que potencializam a luta e a resistência contra todo tipo de exploração para construir um mundo diferente.

Nosso objetivo como Conselho de Movimentos Sociais dos países membros da Alba -TCP, é a luta pelo pluralismo em nossos países e no mundo inteiro, sustentada na harmonia entre nossos povos e a mãe terra para o bom viver, nos princípios morales, éticos, políticos e econômicos de nossas comunidades e bairros do campo e a cidade. Pretendemos forjar desde o seio do povo uma nova Pátria Social Comunitária, [descolonizada] e fundada na multidiversidade, respeitosa das diferenças e das particularidades sociais e regionais. (…)

Veja o documento completo em: http://movimientos.org/noalca/albasi/show_text.php3?key=16092