Centrais sindicais levam 50 mil trabalhadores a Brasília

Desde 2004, Brasília não via uma mobilização tão grande em torno de uma pauta sindical. No dia 11 de novembro, 50 mil trabalhadores, participantes da 6º Marcha da Classe Trabalhadora que contou com a adesão das Centrais Sindicais, da Une e do MST, fizeram uma grande caminhada rumo ao Congresso Nacional.

Desde 2004, Brasília não via uma mobilização tão grande em torno de uma pauta sindical. No dia 11 de novembro, 50 mil trabalhadores, participantes da 6º Marcha da Classe Trabalhadora que contou com a adesão das Centrais Sindicais, da Une e do MST, fizeram uma grande caminhada rumo ao Congresso Nacional.

Neste ano, as entidades definiram seis eixos unificados: exigir que o Congresso aprove o PL 01/07, que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, que garanta soberania nacional sobre a exploração e o uso dos recursos, destinando-os a políticas públicas de combate às desigualdades sociais e regionais; atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário.

Para a coordenadora nacional o MST, Marina dos Santos, a união das pautas referentes ao campo e à cidade só fortalecem a luta por justiça social no Brasil. “Apoiamos a reivindicação das 40h semanais de jornada de trabalho como forma de possibilitar o trabalhador urbano e rural a terem a condição de usufruir da educação, da cultura e do lazer”, disse.

Marina ainda saudou a inclusão da luta pela atualização dos índices de produtividade e da aprovação da PEC do trabalho escravo como pautas prioritárias da mobilização. “Estamos enfrentando um momento em que as forças mais conservadoras e atrasadas deste País estão articuladas para tentar criminalizar todo tipo de luta social. A vinda dos trabalhadores do campo e da cidade à Brasília mostra que não aceitaremos essa ofensiva vinda do legislativo, do Judiciário e dos meios de comunicação da burguesia brasileira”, apontou.

*Com informações do site da CUT