Após manifestação, Sem Terra são recebidos no TJ de Alagoas

Do Tribunal de Justiça de Alagoas A presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, se reuniu na manhã desta segunda-feira (30) com lideranças do Movimento Sem Terra (MST). A pauta da reunião foi baseada no pedido de desaforamento do processo referente ao assassinato do líder do movimento, Jaelson Melquíades, ocorrido em 2005 no município de Atalaia. O homicídio do também integrante do MST Luciano Alves, ocorrido em 2003 em Craíbas, também foi discutido no encontro.

Do Tribunal de Justiça de Alagoas

A presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, se reuniu na manhã desta segunda-feira (30) com lideranças do Movimento Sem Terra (MST). A pauta da reunião foi baseada no pedido de desaforamento do processo referente ao assassinato do líder do movimento, Jaelson Melquíades, ocorrido em 2005 no município de Atalaia. O homicídio do também integrante do MST Luciano Alves, ocorrido em 2003 em Craíbas, também foi discutido no encontro.

De acordo com Débora Nunes, da direção nacional do MST, as questões de violência e impunidade no campo precisam ser discutidas com maior cautela. “O MST reclama o desaforamento do caso da comarca de Atalaia, por acreditar que as influências diretas do poder local possam ser determinantes no resultado dos julgamentos”, explicou Débora.

A presidente do TJ/AL, desembargadora Elisabeth Carvalho Nascimento, informou à liderança do movimento que o desaforamento do julgamento do processo pode ser feito pelo magistrado, pelo promotor de Justiça ou pela defesa do réu. “Vou pedir para analisar pessoalmente os dois processos e indicar um outro magistrado para atuar especificamente nesses casos, que tramitam nas comarcas de Atalaia e Igaci”, garantiu a desembargadora-presidente.

Cerca de 700 trabalhadores rurais do MST se concentraram na Praça Deodoro, em frente à sede do TJ/AL, após realizar caminhada pelas ruas de Maceió. Em Atalaia, a caminhada pelas principais ruas denunciou a violência cometida contra as famílias sem-terra e a impunidade que tem sustentado esses crimes. Na região, há um grande predomínio de latifúndio canavieiro, que se tornou uma das maiores áreas de conflito agrário do Estado. Em 11 anos, foram assassinados três trabalhadores rurais, sendo o caso de Jaelson Melquíades, o mais recente.

A reunião foi acompanhada por representantes da Assessoria Militar do TJ/AL e do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL).