AL: governo garante permanência do MST na fazenda Capim

Após reunião com representantes da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Agrário e do Gabinete Civil do Governo do Estado, o fantasma do despejo das famílias acampadas na fazenda Capim foi afastado, pelo menos por enquanto. As cerca de cem famílias que ocupavam o prédio da Secretaria desde a manhã de hoje já desocuparam o local, certos de que receberão uma área para serem assentados.

Após reunião com representantes da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Agrário e do Gabinete Civil do Governo do Estado, o fantasma do despejo das famílias acampadas na fazenda Capim foi afastado, pelo menos por enquanto. As cerca de cem famílias que ocupavam o prédio da Secretaria desde a manhã de hoje já desocuparam o local, certos de que receberão uma área para serem assentados.

A promessa do Governo estadual é adquirir novas terras na região para assentar as famílias do MST. Uma nova audiência está marcada em Mata Grande para o dia 10/12 e a reintegração de posse agendada para o dia 13/12 está suspensa. A pressão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra era para mostrar a irregularidade na compra pelo Crédito Fundiário da fazenda Capim ao seu antigo proprietário, conhecido como Dr. Zé Luna.

A fazenda Capim foi ocupada pela primeira vez em 2003. Já em 2004, o antigo proprietário demandou a reintegração de posse da área que, segundo arquivos do Centro de Gerenciamento de Crises, Direitos Humanos e Polícias Comunitária (CGCDHPC) da Polícia Militar, foi executada em agosto do mesmo ano. Nesse cenário, as famílias se sentiram obrigadas a se abrigar momentaneamente em outro acampamento da região.

No dia 1 de novembro de 2006, essas famílias retornaram à Capim, onde permanecem até hoje produzindo feijão, milho, macaxeira, batata, mandioca e outros produtos comercializados em feiras locais e na capital. Desde cerca de dois anos, a situação das famílias ganhou um novo conflito, desta vez resultante da intervenção do Estado.

A Secretaria de Agricultura à época adquiriu aquelas terras para o assentamento de famílias pela política do Crédito Fundiário. Na regulamentação do Crédito, há um impedimento de adquirir terras que passem por ocupação ou outros conflitos, o caso da fazenda Capim, desde 2003, segundo a PM.