Fechamento das escolas itinerantes do MST completa um ano

Da Radioagência NP Em fevereiro de 2009 as escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram fechadas por uma determinação do Ministério Público (MPE) do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o MP e o governo estadual realizaram um acordo que confirmou o término do convênio entre o estado e o Movimento para a contratação de professores. Esse acordo representou o fechamento de oito escolas itinerantes do MST.

Da Radioagência NP

Em fevereiro de 2009 as escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram fechadas por uma determinação do Ministério Público (MPE) do Rio Grande do Sul. Na ocasião, o MP e o governo estadual realizaram um acordo que confirmou o término do convênio entre o estado e o Movimento para a contratação de professores. Esse acordo representou o fechamento de oito escolas itinerantes do MST.

A posição dos setores conservadores da sociedade gaúcha à educação problematizadora do MST, gerou mobilizações de acampados e assentados em todo o estado. Desde o último ano, o movimento está engajado em continuar educando as crianças acampadas.

Conforme a doutora em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e integrante do MST, Isabela Camini, a determinação do governo representa a negação às crianças e adolescentes do direito à educação. Mesmo assim, de acordo com ela, as escolas funcionaram nesse período.

“Nenhum movimento social faria uma formação da sua militância e dos seus educadores para reproduzir a sociedade capitalista. Nós do MST, acreditamos na possibilidade de uma transformação social e de construirmos o socialismo, é claro que todo o empenho e toda formação da militância e educadores vão à perspectiva da transformação social. Por isso, o movimento investe nessa formação.”

De acordo com o setor de educação do movimento, a expectativa é que neste ano a situação das escolas seja regularizada. As atividades educativas realizadas atualmente nos acampamentos não são reconhecidas pelo governo do estado. Para 2010, o movimento estima que mais de 400 crianças, jovens e adultos frequentem as escolas itinerantes.