“Latifúndio abriu guerra ao MST porque se sente ameaçado”

Por Emanuel Cancella* Os militantes do MST que se mobilizam pela Reforma Agrária e lutam para melhorar a vida de todos os brasileiros estão sendo presos. A Reforma Agrária está prevista na Constituição Federal. O legislador constitucional teve visão de nação quando fez a lei que objetiva barrar o êxodo rural, gerar emprego e renda no campo, assentar o povo no campo para barrar o processo de favelização e aumentar a produção de alimentos.

Por Emanuel Cancella*

Os militantes do MST que se mobilizam pela Reforma Agrária e lutam para melhorar a vida de todos os brasileiros estão sendo presos. A Reforma Agrária está prevista na Constituição Federal. O legislador constitucional teve visão de nação quando fez a lei que objetiva barrar o êxodo rural, gerar emprego e renda no campo, assentar o povo no campo para barrar o processo de favelização e aumentar a produção de alimentos.

Para melhorar a qualidade de vida de seus povos, todos os países de dimensões continentais já fizeram a Reforma Agrária, menos o Brasil. E não é por acaso: cerca de 50% do território brasileiro estão em mãos de 1% de fazendeiros.

A Reforma Agrária é constitucional, tem uma função social preponderante, de interesse de toda a sociedade. O latifúndio abriu guerra ao MST porque se sente ameaçado. Eles não resistem a um debate com a sociedade. Os sem-terra são pobres e, portanto, sem direitos. São julgados diariamente e condenados na TV no horário nobre, sem direito a defesa.

Para mostrar seu poderio, além da perseguição e prisão dos militantes do MST, instalaram uma CPI para investigar o uso do dinheiro público pelo movimento. Essa é a terceira CPI contra o MST em cinco anos.

A atual, além de investigar o uso do dinheiro público pelo MST, não deveria também investigar os financiamentos ao agronegócio e aos pecuaristas e apurar quem traz mais benefício para a sociedade?

Mas eles jamais aceitariam tal desafio. Os poderosos do campo deverão seguir omitindo a verdade para a sociedade.

*Secretário-geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio.