No Maranhão, pistoleiros aterrorizam acampamento

Durante o último fim-de-semana (13 e 14/3), pistoleiros se vestiram de policiais militares para aterrorizar trabalhadores rurais que ocupam uma fazenda no sudeste do Maranhão. A Fazenda Cipó Cortado, no Município de Senador La Roque, está ocupada com cerca de 310 famílias desde novembro de 2007. Desde então, um grupo de cerca de 40 pistoleiros se instalou na sede da fazenda, a 2 km do acampamento, para tentar expulsar os trabalhadores, praticando terrorismo psicológico e torturas contra os acampados.

Durante o último fim-de-semana (13 e 14/3), pistoleiros se vestiram de policiais militares para aterrorizar trabalhadores rurais que ocupam uma fazenda no sudeste do Maranhão. A Fazenda Cipó Cortado, no Município de Senador La Roque, está ocupada com cerca de 310 famílias desde novembro de 2007. Desde então, um grupo de cerca de 40 pistoleiros se instalou na sede da fazenda, a 2 km do acampamento, para tentar expulsar os trabalhadores, praticando terrorismo psicológico e torturas contra os acampados.

A área é um complexo de nove mil hectares que o MST vem exigindo a desapropriação. Para a coordenação do MST na região, o conflito é iminente, já que denúncias já foram feitas ao Ministério Público e este não se pronuncia. Além disso, o Juiz da Comarca que expediu o mandado de reintegração de posse é acusado de trabalho escravo. Marcelo Testa Baldochi teve sua fazenda ocupada pelo MST em julho do ano passado.

O processo da área está na Justiça Federal, que até já reconheceu que a área é da União. A solicitação de despejo, porém, está sobre a mesa do Secretário Estadual de Segurança Pública.

O acampamento vem sendo alvo de perseguições políticas de Baldochi e de seus colegas pecuaristas da região, que tentam a qualquer custo evitar que o MST se instale. A milícia sustentada pelo grupo proibiu os Sem Terra de trabalharem em suas lavouras e montou uma barreira na vicinal de acesso ao acampamento, simulando uma blitz. Na maior parte do tempo, os pistoleiros usavam uniformes da Policia Militar e diziam estar buscando assaltantes na região. Denunciados à polícia local, os pistoleiros não voltaram mais a usar as fardas.