Missão alemã busca soja não transgênica no Brasil

Uma delegação de importadores de soja da Alemanha está no Rio Grande do Sul para negociar a compra de soja não transgênica. Os executivos foram recebidos nesta quarta-feira (17/3) na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, em Porto Alegre.

Uma delegação de importadores de soja da Alemanha está no Rio Grande do Sul para negociar a compra de soja não transgênica. Os executivos foram recebidos nesta quarta-feira (17/3) na Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, em Porto Alegre.

As negociações são encabeçadas pelo subsecretário de Agricultura da Baixa Saxônia, Friedrich-Otto Ripke. Apesar de quase a totalidade da produção gaúcha do grão ser geneticamente modificada, a proposta é estabelecer uma relação de troca entre tecnologia alemã e a produção gaúcha do grão não transgênico. “Podemos introduzir aqui tecnologia de ponta e profissionais para fazermos uma integração nesta área”, afirmou. O intercâmbio, afirma o presidente da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergílio Perius, contemplaria tratores e tecnologia de produção leiteira e energia.

A Baixa Saxônia é o maior estado consumidor da oleaginosa na Alemanha, país que compra do exterior 38 milhões de toneladas por ano. No entanto, por conta de restrições aos transgênicos, o déficit na importação de soja chega a 20%.

Perius deve levar a proposta dos alemães à Organização das Coorperativas Brasileiras (OCB). Segundo ele, para que a relação de troca seja efetivada, haverá necessidade de união com Mato Grosso e Goiás. “O RS não tem condições de atender à demanda sozinho”, frisou. De acordo com a Ocergs, as cooperativas gaúchas forneceriam de 9 a 10 milhões de toneladas de soja por ano. Alguns dos estabelecimentos produzem o grão não transgênico por meio de contratos pré-fixados com diferencial de 20% no preço.