Sem Terra de Alagoas chegam hoje a Maceió

Há mais de uma semana em lutas para intensificar as conquistas dos trabalhadores rurais em relação à Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) traz a Maceió o foco de suas mobilizações. A expectativa é de concentrar 1,2 mil camponeses na Praça Dom Pedro II – Centro – para colocar em pauta com a sociedade e autoridades a aceleração da Reforma Agrária.

Há mais de uma semana em lutas para intensificar as conquistas dos trabalhadores rurais em relação à Reforma Agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) traz a Maceió o foco de suas mobilizações. A expectativa é de concentrar 1,2 mil camponeses na Praça Dom Pedro II – Centro – para colocar em pauta com a sociedade e autoridades a aceleração da Reforma Agrária.

As negociações acontecerão em nível nacional, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), para exigir a ampliação do orçamento para realização da política agrária, particularmente os recursos para desapropriação de terras que não cumprem sua função social. Ainda na pauta, está a atualização dos índices de produtividade agrícola, promessa feita pelo Governo Lula quando da Jornada de Agosto do ano passado, mas impedida pelos setores ruralistas dentro e fora da composição governista.

Além das negociações nacionais, o movimento vai retomar com o governo estadual as pautas já trabalhadas desde o ano de 2009, que vão desde a estrutura das regiões com assentamento até as políticas sociais de responsabilidade local. Desde a semana passada, o MST em Alagoas vem conquistando desenvolvimento para as áreas de assentamento, num diálogo com os poderes locais, o que demonstra que Reforma Agrária também é uma política dos municípios e Estados.

A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária acontece todos os anos no mês de abril para lembrar a morte de 19 agricultores na mesma data em 1996, no município de Eldorado dos Carajás-PA. Em Alagoas, duas ocupações deram o ponta-pé inicial nas lutas, a fazenda Lagoa da Cachoeira (em Piranhas) e a fazenda Bastião em Traipu. No dia 15 de Abril, 6 prefeituras foram ocupadas pelos Sem Terra – Atalaia, Girau do Ponciano, São Luis do Quitunde, Inhapi, Delmiro Goueia e Olho d’Água do Casado. Ainda no fim da semana passada, no dia 16, mais uma área improdutiva foi ocupada por agricultores do MST, a fazenda Gameleira, em Joaquim Gomes (aproximadamente 17 km do centro da cidade).