No RS, assentados se mobilizam em três regiões

Assentados trancam rodovias em três regiões do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (20/4) para protestar por políticas públicas e mais verbas para a Reforma Agrária. As manifestações estão ocorrendo, neste momento, em Júlio de Castilhos (região norte), São Luiz (Missões) e Piratini (região sul).

Assentados trancam rodovias em três regiões do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (20/4) para protestar por políticas públicas e mais verbas para a Reforma Agrária. As manifestações estão ocorrendo, neste momento, em Júlio de Castilhos (região norte), São Luiz (Missões) e Piratini (região sul).

As atividades no estado integram a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária , organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em todo o país. Os trabalhadores exigem: o assentamento das 1,2 mil famílias que estão acampadas no RS; a atualização dos índices de produtividade; aumento no orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para desapropriação de terras, infra-estrutura dos assentamentos e investimento nas agroindústrias; a desburocratização na implantação dos chamados Créditos de Instalação (fomento, apoio mulher e habitação); e a criação de uma linha de crédito específica para os agricultores assentados.

As famílias também denunciam a criminalização dos movimentos sociais. Exemplo disso é o fechamento das escolas itinerantes pelo governo estadual e Ministério Público , deixando 280 crianças acampadas sem aula. Do governo do RS, além da Reforma Agrária, as famílias exigem a reabertura das escolas itinerantes.

Jornada de Lutas no RS

No Rio Grande do Sul, a jornada de lutas iniciou com a ocupação de uma fazenda na cidade de Sarandi, no Norte do estado, na semana passada. Nesta segunda-feira (19), cerca de 300 famílias marcharam à Fazenda Southall, em São Gabriel, na Fronteira Oeste, para denunciar a impunidade em relação ao assassinato do Sem Terra Elton Brum da Silva, morto em agosto de 2009 durante ação de despejo da Brigada Militar.

Passados estes oito meses, o restante da Fazenda Southall ainda não foi desapropriado e os culpados pelo assassinato seguem impunes.