Por que os assentados pedem a renegociação das dívidas?

As famílias de trabalhadores assentados em projetos de Reforma Agrária reivindicam a renegociação das suas dívidas. De acordo com José Valdir Misnerovicv, coordenador nacional do MST, em algumas regiões do país 60% das famílias assentadas não conseguem pagar as dívidas que contraíram por meio de solicitação de empréstimos. “Somente com a renegociação dessa dívida é que estas famílias poderão continuar acessando novos créditos e, dessa forma, seguir fortalecendo a cada dia sua produção”, complementou Misnerovicv.

As famílias de trabalhadores assentados em projetos de Reforma Agrária reivindicam a renegociação das suas dívidas.

De acordo com José Valdir Misnerovicv, coordenador nacional do MST, em algumas regiões do país 60% das famílias assentadas não conseguem pagar as dívidas que contraíram por meio de solicitação de empréstimos.

“Somente com a renegociação dessa dívida é que estas famílias poderão continuar acessando novos créditos e, dessa forma, seguir fortalecendo a cada dia sua produção”, complementou Misnerovicv.

O MST também exige a criação de uma linha de crédito específica para famílias assentadas.

“Estamos lutando para conseguir uma linha de crédito que atenda às especificidades dessa categoria. É preciso que o governo dê um tratamento diferenciado a estes trabalhadores, uma vez que a maioria deles solicita crédito para criar uma nova unidade rural e não visando fortalecer algo que já existe, como acontece com os pequenos agricultores”, afirma Misnerovicv.

Atualmente, os assentados requerem empréstimos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

No entanto, essa linha de crédito é direcionada ao pequeno agricultor, que já tem uma produção familiar e rendimentos, diferentemente deste trabalhador que muitas vezes acabou de receber a terra.

“Muitas famílias acumularam dívidas nos últimos anos, por causa desse modelo de agricultura que temos hoje em dia, e agora estão tendo muita dificuldade para pagar”, disse.