MST ocupa mais um latifúndio em Minas Gerais

Da Página do MST O MST de Minas Gerais rompe a cerca de mais um latifúndio. Foi na manhã de quinta-feira (8/7), que aproximadamente 97 famílias ocuparam a Fazenda Lagoa do Belo (940 hectares), na região do Vale do Rio Doce. Esta foi a oitava ocupação de terras no estado neste ano e a terceira na região. São 510 novas famílias que se somam à luta pela terra em Minas Gerais.


Da Página do MST

O MST de Minas Gerais rompe a cerca de mais um latifúndio. Foi na manhã de quinta-feira (8/7), que aproximadamente 97 famílias ocuparam a Fazenda Lagoa do Belo (940 hectares), na região do Vale do Rio Doce. Esta foi a oitava ocupação de terras no estado neste ano e a terceira na região. São 510 novas famílias que se somam à luta pela terra em Minas Gerais.

As famílias do MST reivindicam que o governo federal priorize a agricultura camponesa e familiar; a aceleração da desapropriação de terras, visando atender à crescente demanda pela democratização do acesso à terra e pela garantia do cumprimento de sua função social, assegurada pela Constituição Federal. Já foi constatado pelo laudo agronômico do INCRA que este é um grande imóvel rural improdutivo

Essa ocupação, realizada juntamente com a Via Campesina, marca a unificação que os movimentos sociais do campo e cidade realizam na região, unificação que marca o descontentamento com as políticas governamentais direcionadas às classes pobres tanto do campo quanto da cidade, que não atendem aos anseios populares.

Essa aliança também tem o intuito de denunciar que no país ainda não se resolveu os problemas dos pobres do campo, que continuam sendo alvo da violência dos fazendeiros e da impunidade da justiça. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram assassinados 1.546 trabalhadores rurais entre 1985 e 2009. Em 2009, foram 25 mortos pelo latifúndio.

Do total de conflitos, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso.

As 97 famílias que ocupam o latifúndio também denunciam a generalizada criminalização da luta dos movimentos sociais e da população pobre organizada brasileira.