Filho de Josué Bengtson é preso por morte de Sem Terra

Da Radioagência NP O filho do pastor e ex-deputado federal Josué Bengtson, Marcos Bengtson, foi preso na tarde da última terça-feira (07), acusado de ser o mandante do assassinato do trabalhador rural José Valmeristo Soares. Valmeristo – conhecido como Caribé – foi morto no último dia 03 no município de Santa Luzia do Pará, no estado do Pará. Além de Marcos, foram presos dois pistoleiros suspeitos de serem executores do crime.


Da Radioagência NP

O filho do pastor e ex-deputado federal Josué Bengtson, Marcos Bengtson, foi preso na tarde da última terça-feira (07), acusado de ser o mandante do assassinato do trabalhador rural José Valmeristo Soares. Valmeristo – conhecido como Caribé – foi morto no último dia 03 no município de Santa Luzia do Pará, no estado do Pará. Além de Marcos, foram presos dois pistoleiros suspeitos de serem executores do crime.

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Os trabalhadores Valmeristo e João Batista Galdino estavam indo até a cidade de Santa Luzia do Pará prestar um depoimento sobre a denúncia feita pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de um despejo arbitrário. Antes de ser morto, Caribé foi espancado e torturado por um grupo de três pistoleiros armados. João Batista também foi torturado, mas conseguiu fugir.

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De acordo com o integrante da coordenação estadual do MST, Ulisses Manaças, a milícia armada estava a serviço de Josué Bengstson, que se reivindica dono de 1.8 mil, dos quase 7 mil hectares de terras da gleba Pau de Remo.

“A gleba Pau de Remo é uma gleba federal, à margem da BR-316, que liga o Pará ao Maranhão. E as terras até 100 quilômetros das margens são terras públicas. Dentro da gleba Pau de Remo tem essa propriedade, chamada fazenda Cambará e dessa área o Josué Bengstson tem título de apenas 1.8 mil hectares. O Incra, o programa Terra Legal – que é ligado ao governo federal, e o Instituto de Terra do Pará nunca fizeram um levantamento cartorial para saber a veracidade ou não dos títulos que ele comprova. Para nós, ele fez uma apropriação de terras públicas de maneira ilícita.”

O MST reivindica o uso das terras da Fazenda Cambará para a reforma agrária, o que poderia atender, no mínimo, 300 famílias.