MST participa de encontro de atingidos pela mineração

Por João Marcio Da Página do MST O MST participou do primeiro encontro de atingidos pela mineração da Vale, na Câmera Municipal de Canaã dos Carajás, organizado pelo Movimento Debate e Ação, da Universidade Federal do Pará, em parceria com a Associação dos Pequenos Agricultores Rurais, em 11 de setembro. Charles Trocate, dirigente estadual do MST, disse “que o capital enseja a mercantilização da natureza, em todos os sentidos, terra, água, floresta. É assim que Vale atua em Canaã dos Carajás e demais localidades onde está presente”.


Por João Marcio
Da Página do MST

O MST participou do primeiro encontro de atingidos pela mineração da Vale, na Câmera Municipal de Canaã dos Carajás, organizado pelo Movimento Debate e Ação, da Universidade Federal do Pará, em parceria com a Associação dos Pequenos Agricultores Rurais, em 11 de setembro.

Charles Trocate, dirigente estadual do MST, disse “que o capital enseja a mercantilização da natureza, em todos os sentidos, terra, água, floresta. É assim que Vale atua em Canaã dos
Carajás e demais localidades onde está presente”.

Em conseqüência da atuação da mineradora no município, as principais reclamações dos habitantes são a falta água para os agricultores assentados pelo Incra, expulsão dos pequenos agricultores e isolamento daqueles que resistem estradas fechadas, energia elétrica cortada e abandonados pelo poder público.

O presidente da Associação de Pescadores de Parauapebas e região, João Virgilio Neto, afirma que “nossos rios estão sendo poluídos e não podemos mais pescar em rios que cercam os arredores de empreendimentos da Vale, cujos guardas tomam equipamentos e muitas das
vezes chamam a polícia como se estivéssemos roubando algo deles”.

Para o sociólogo Raimundo Gomes Neto,“a Vale tem um discurso contrário a sua forma de agir, ainda mais por que manda 70% dos seus lucros para fora do país. Ela só quer nossa riqueza”.

O advogado José Batista, da Comissão da Pastoral da Terra, denunciou a Vale “age como se o espaço estivesse vazio, como se não tivesse pessoas habitadas nas suas terras, nem culturas de identificação desses moradores com a área em que residem”.