Entidades brasileiras fazem ato em defesa de povo chileno

Da Página do MST Nesta quarta-feira (22/9), às 10h, entidades e movimentos sociais brasileiros – entre eles, a Via Campesina Brasil - promovem ato em frente ao Consulado do Chile em São Paulo. As entidades manifestam sua solidariedade e preocupação com o estado de saúde dos presos políticos do Povo Mapuche que estão há mais de 60 dias em greve de fome, em defesa de seus territórios e contra a lei Antiterror que criminaliza as lutas sociais.


Da Página do MST

Nesta quarta-feira (22/9), às 10h, entidades e movimentos sociais brasileiros – entre eles, a Via Campesina Brasil – promovem ato em frente ao Consulado do Chile em São Paulo.

As entidades manifestam sua solidariedade e preocupação com o estado de saúde dos presos políticos do Povo Mapuche que estão há mais de 60 dias em greve de fome, em defesa de seus territórios e contra a lei Antiterror que criminaliza as lutas sociais.

“Em um país democrático, se garante plenamente o direito dos seus povos originários e a liberdade de expressão. O Estado chileno deve saldar a enorme dívida histórica que tem com este povo, que vem resistindo e enfrentando um verdadeiro genocídio étnico e cultural”, afirmam os movimentos em carta que será entregue na atividade.

O consulado do Chile fica na avenida Paulista, 1009.

Abaixo, leia a carta, destinada ao embaixador da República do Chile no Brasil, Jorge Montero Figueroa, e ao Cônsul Geral da República do Chile em São Paulo, Aldo Famolaro.

Por meio da presente carta, queremos fazer chegar a V.Sa., e por seus intermédio às autoridades competentes de seu país, a profunda preocupação que as organizações brasileiras subscritas abaixo temos pelo estado de saúde dos integrantes do Povo Mapuche, que levam adiante, há mais de 60 dias, uma greve de fome em protesto para que suas justas demandas sejam atendidas.

Também, manifestamos nosso total apoio e solidariedade ao Povo Mapuche, e repudiamos energicamente a contínua aplicação da denominada Lei Antiterror, como instrumento para calar a voz dos movimentos sociais. Práticas como essas eram muito comum em épocas ditatoriais e que de forma alguma queremos voltar a viver em nossos países.

É inaceitável que, em um país que se denomina democrático, se criminalize as justas demandas do Povo Mapuche. Em um país democrático, se garante plenamente o direito dos seus povos originários e a liberdade de expressão. O Estado chileno deve saldar a enorme dívida histórica que tem com este povo, que vem resistindo e enfrentando um verdadeiro genocídio étnico e cultural.

Estaremos atentos e esperando não ter de lamentar nenhuma perda de vidas humanas, nos despedimos atentamente,

Articulação Continental dos Movimentos Sociais da ALBA
Via Campesina – Brasil
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST