Marcha ocupa ruas de Cancún contra inércia da conferência

Por Vinicius Mansur De Cancun (México) Do Brasil de Fato Movimentos sociais de todo o mundo ocuparam as ruas da cidade de Cancún, México, na manhã de domingo (5) para exigir da COP 16 – conferência sobre mudanças climáticas da ONU – verdadeiros compromissos a fim de combater o aquecimento global.

Por Vinicius Mansur
De Cancun (México)
Do Brasil de Fato

Movimentos sociais de todo o mundo ocuparam as ruas da cidade de Cancún, México, na manhã de domingo (5) para exigir da COP 16 – conferência sobre mudanças climáticas da ONU – verdadeiros compromissos a fim de combater o aquecimento global.

De acordo com o hondurenho Rafael Alegria, representante da Via Campesina – organização que convocou a marcha – os objetivos do protesto eram denunciar as propostas de países e empresas que buscam apenas lucrar com a crise climática, defender as propostas tiradas pela Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas, realizada em abril deste ano em Cochabamba, Bolívia, e também homenagear Lee Kyung Hae.

Lee era um agricultor coreano que, em 10 de setembro de 2003, durante a 5ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancun (México), imolou-se carregando um cartaz que dizia “a OMC mata os agricultores”.

Os cerca de 5 mil marchantes se dirigiram até o marco zero da cidade de Cancún, local onde Lee suicidou-se, para prestar a homenagem. Depois, a marcha seguiu para a prefeitura local, para a realização de um ato com falas de dirigentes sociais. O Brasil esteve representado na marcha pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Apesar do fortíssimo policiamento que toma conta das ruas de Cancún, a manifestação transcorreu sem qualquer incidente. Uma segunda marcha, desta vez em direção ao Moon Palace, hotel onde acontece a COP 16, acontecerá na próxima terça-feira (7).