Jornada das mulheres do Pará termina com bloco na rua

 

Por João Marcio
Da Página do MST

 

Entre os dias 6 e 8 de fevereiro, aproximadamente 200 mulheres do MST no Pará se reuniram no assentamento Palmares, no sudeste paraense, para debater temas circundantes à vida camponesa e ao universo feminino.

 

Por João Marcio
Da Página do MST

 

Entre os dias 6 e 8 de fevereiro, aproximadamente 200 mulheres do MST no Pará se reuniram no assentamento Palmares, no sudeste paraense, para debater temas circundantes à vida camponesa e ao universo feminino.

No primeiro dia de encontro, Ayala Ferreira, dirigente estadual, traçou um panorama da conjuntura política nacional, apresentando0 para as mulheres dos assentamentos e acampamentos do MST os temas centrais debatidos atualmente no Brasil.

Maria Raimunda Cesar, da Direção Nacional do MST pelo Pará, fez um balanço da organicidade do MST, tratando dos objetivos do Movimento, culminando em quatro grandes desafios que precisam da participação feminina.

“Temos que dar prioridade ä organização de nossos territórios, massificação das lutas, formação de homens, mulheres e crianças, além da relação com a sociedade”, aponta.

Izabel Rodrigues e Elizabete Santos, que participaram do processo de estruturação do assentamento Palmares, apresentaram um histórico de luta das mulheres do MST no Pará, no encerramento.

No segundo dia da jornada, Gracinha Donato, do setor de cultura do MST, levou interação e energia às mulheres com cantigas de roda e poesias coletivas para o início de mais um dia de encontro, que foi marcado pelas diversas oficinas

Os temas abordados foram Infância Sem Terra, Violência contra a Mulher, Soberania Alimentar e Agroecologia, Mulheres Lutando em Movimento.

Trazendo presente a importância do ato de brincar e cuidar das crianças nas áreas de assentamentos e acampamentos, encorajar as mulheres na denúncia contra maus tratos e desrespeito por parte dos companheiros e o entendimento sobre a lei Maria da Penha, os modos de produção que tragam não só a subsistência da família, mas a maneira saudável de cultivo, além das mulheres que lutaram por um país justo.

Uma noite cultural marcou o encerramento das atividades dia, com muita poesia, dança, música e a participação de todas as mulheres e alguns compamheiros que vieram prestigiar a arte e a criatividade das camponesas.

Já no ultimo dia, o bloco das Guerreiras do Araguaia, tomaram as ruas do assentamento Palmares, com faixas, bandeiras e cartazes, que foram confeccionados conforme os assuntos abordados de cada oficina, dando todo um colorido especial diferente e crítico.