Sem Terra saem de fazenda com promessa do governo do RS

 

Da Página do MST

 

As famílias do MST que ocupam desde ontem a Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul (Norte do RS), decidiram agora há pouco deixar a área.

Os Sem Terra avaliam que a proposta apresentada nesta terça-feira pelo governo estadual é melhor do que a anterior.

No entanto, caso o governo Tarso Genro não cumpra com os compromissos e com o cronograma propostos, as famílias voltarão a se mobilizar no próximo período.

 

Da Página do MST

 

As famílias do MST que ocupam desde ontem a Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul (Norte do RS), decidiram agora há pouco deixar a área.

Os Sem Terra avaliam que a proposta apresentada nesta terça-feira pelo governo estadual é melhor do que a anterior.

No entanto, caso o governo Tarso Genro não cumpra com os compromissos e com o cronograma propostos, as famílias voltarão a se mobilizar no próximo período.

O MST reivindica o assentamento, com prioridade nas regiões Norte e metropolitana de Porto Alegre, de todas as mil famílias acampadas no Rio Grande do Sul.

Em 2007, durante a marcha do MST em direção à Fazenda Guerra, o governo federal firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público, em que se comprometia a assentar todas as famílias acampadas em um ano.

Os Sem Terra cumpriram a sua parte, encerrando a marcha. Passados três anos, o governo federal não cumpriu o acordo. Desde 2008, não são implementados assentamentos no estado.

Incra

Os 500 assentados e assentadas que ocuparam o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) nesta terça-feira, em Porto Alegre, permanecem no local por tempo indeterminado.

À tarde, as famílias terão uma reunião com o governo estadual para tratar da pauta de reivindicações que foi entregue ainda em fevereiro. Em Brasília, uma comissão do MST está negociando, desde cedo desta manhã, com órgãos e ministérios do governo federal.

Os Sem Terra gaúchos exigem o assentamento, nas regiões Norte e metropolitana de Porto Alegre, das 1.000 famílias acampadas no estado.

Os agricultores também reivindicam a recomposição do orçamento do Incra para implementar os programas federais nos assentamentos, ações urgentes a fim de minimizar os efeitos da estiagem nos assentamentos da Região Sul gaúcha e a renegociação das dívidas.

Para os assentamentos da região de São Gabriel (na Fronteira Oeste), os Sem Terra exigem com urgência investimento na saúde e educação, construção de estradas e o acesso ao crédito para a produção. Desde que foram assentadas na região, em 2008, as famílias ainda não conseguiram acessar nenhum crédito para o plantio.

A ocupação do Incra integra a Jornada Nacional de Lutas de Abril, que acontece todos os anos em diversos estados para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido no Pará, e também para reivindicar a reforma agrária.