Seminário no Largo São Francisco abre as portas para os movimentos sociais

Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST


Na abertura do seminário "Direito, pesquisa e movimentos sociais", que reúne pesquisadores de todo o país na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, advogados, juristas e representantes do governo destacaram a importância da presença dos movimentos sociais na universidade.

Participam da atividade 140 pesquisadores, de todas as regiões do país, que estudam a relação do Direito com os movimentos populares e as lutas sociais.

Por Luiz Felipe Albuquerque
Da Página do MST

Na abertura do seminário “Direito, pesquisa e movimentos sociais”, que reúne pesquisadores de todo o país na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, advogados, juristas e representantes do governo destacaram a importância da presença dos movimentos sociais na universidade.

Participam da atividade 140 pesquisadores, de todas as regiões do país, que estudam a relação do Direito com os movimentos populares e as lutas sociais.

“Pela primeira vez, a casa abre as portas para os movimentos sociais”, disse o professor de Direito do Largo São Francisco, Marcos Orione, no evento organizado tanto por alunos quanto professores.

O Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo de Castro Pereira, enfatizando a importância de atividades como essas, que contribuem na “formação de quadros que possibilita a disputa ideológica no espaço universitário”.
Ele ressaltou, inclusive, a possibilidade do debate promover entre movimentos sociais e a academia discussões referentes ao legislativo, na medida em que permite ampliar e democratizar o debate.

Ney Strozake, da Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap), ressaltou os principais objetivos do seminário, como refletir sobre a ocupação de espaços na universidade pública pelos movimentos sociais, especialmente na área do direito.

Além disse, ele colocou a necessidade de criar um corpo unificado dos pesquisadores do campo jurídico, que trabalham com a temática dos movimentos sociais, de modo que haja uma união de esforços para cada um deles não fique isolado.

O seminário pretende também discutir formas de dar visibilidade para as pesquisas, buscando mecanismos para que as pessoas tenham maior acesso aos trabalhos produzidos.

Conjuntura

João Pedro Stedile, da Coordenação Nacional do MST, abriu o primeiro dia do ciclo de palestras, centrando-se na temática da Conjuntura Política. 

Nesta perspectiva, Stedile fez um breve histórico sobre o dinamismo da luta social no Brasil, desde seu último período de ofensiva da classe trabalhadora e passando para o estágio de descenso da luta de massa, com a consolidação do neoliberalismo ao longo dos anos 90.

O dirigente do MST analisou o contexto social em que esteve inserido a chegada de Lula ao cargo da Presidência da República, destacou os principais interesses da classe dominante na atualidade e avaliou os principais dilemas e desafios do governo de Dilma Rousseff, ao ter como meta o crescimento da economia aliado à superação da pobreza.
Stedile refletiu sobre as principais crises, dilemas e desafios dos movimentos sociais e da esquerda brasileira como um todo.

O seminário continua nesta sexta-feira e no sábado, ao tratar, entre outros, de temas como: Gênero, Diversidade Sexual e Raça e Trabalho, Acesso à Universidade e Exclusão Social, além das apresentações de trabalhos científicos referentes a cada temática após o término de cada seminário.