Grandes empresas crescem e concentram produção do leite

 

Da Folha de S. Paulo


Os produtores de leite estão se tornando "maiores" e buscando cada vez mais a qualidade do produto. Esse enquadramento é necessário porque os laticínios exigem cada vez mais volume e qualidade do produto.

Há 15 anos, 5,3% das propriedades de leite do país eram médias e grandes, representando 46% da produção total.

Em 2009, esses produtores somavam 12% das propriedades, com participação de 81% no total de leite produzido. Em números, os produtores médios e grandes subiram de 97 mil, há 15 anos, para 142 mil, em 2009.

 

Da Folha de S. Paulo

Os produtores de leite estão se tornando “maiores” e buscando cada vez mais a qualidade do produto. Esse enquadramento é necessário porque os laticínios exigem cada vez mais volume e qualidade do produto.

Há 15 anos, 5,3% das propriedades de leite do país eram médias e grandes, representando 46% da produção total.

Em 2009, esses produtores somavam 12% das propriedades, com participação de 81% no total de leite produzido. Em números, os produtores médios e grandes subiram de 97 mil, há 15 anos, para 142 mil, em 2009.

As conclusões são da Leite Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Leite), com base em estudo da Embrapa Gado de Leite.

O cenário dos últimos anos mostrou que “é possível [o país] produzir o leite que quiser”, segundo Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil.

O fortalecimento dos produtores é importante porque eles conseguem concentrar qualidade no leite e renda.

Os programas de valorização da qualidade do leite vêm aumentando e os produtores adotam mais tecnologia na produção.

Com isso, obtêm uma contagem de micro-organismos semelhante à da União Europeia. Além disso, o leite desses produtores registra menor contagem bacteriana em relação ao comprado por empresas que não adotam programas de qualidade.

O Brasil produz 30 bilhões de litros de leite por ano e consome volume semelhante. Isso indica que todo o aumento de produção e de qualidade vai beneficiar o consumidor interno.

O mercado externo ainda está distante, na avaliação de Rubez. Não só pela demanda interna, que consome toda a produção nacional, mas também pelos subsídios dados aos produtores em outros países produtores.

A capacidade de produção deles, no entanto, está esgotada e, quando precisarem de leite, vão retirar o subsídio da produção, dando espaço ao Brasil, diz ele.