Governo afirma que demandas podem ser atendidas

 

Da Página do MST


A Via Campesina Brasil se reuniu nesta terça-feira (23/08) com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o representante da Secretaria do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho e o presidente do Incra, Celso Lacerda, no Palácio do Planalto.

 

Da Página do MST

A Via Campesina Brasil se reuniu nesta terça-feira (23/08) com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o representante da Secretaria do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin Filho e o presidente do Incra, Celso Lacerda, no Palácio do Planalto.

Após terem ocupado o Ministério da Fazenda pela manhã, exigindo uma negociação imediata sobre suas principais pautas de reivindicação, o Movimento conseguiu pressionar o governo e sentar à mesa para discutirem as questões.

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Após uma longa conversa que perdurou por cerca de três horas, o grupo inter-ministerial se demonstrou disposto a discutir as demandas exigidas pela Via Campesina, comprometendo-se em levar as pautas para a presidenta Dilma Rousseff, na manhã desta quarta-feira (24/08).

“O governo afirmou que todas as nossas demandas, com exceção da construção da usina de Belo Monte, são possíveis de serem atendidas. A partir desse ponto foi possível construir um calendário de reuniões para poder ir encontrando soluções para os diversos pontos”, disse Valdir Misnerovicz, da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.

De acordo com Valdir, o grupo inter-ministerial irá levar as pautas para a presidenta Dilma amanhã pela manhã, e agendarão uma nova reunião para a próxima quinta ou sexta-feira (26/08).

Pautas

As principais pautas de negociação da Via Campesina refere-se ao assentamento imediato das 60 mil famílias acampadas, a recomposição do orçamento do Incra para obtenção terras – cujos R$ 530 milhões para desapropriações no ano já foram executados e o orçamento para o ano que vem é ainda menor, com um corte de R$ 65 milhões -, e a renegociação das dívidas da agricultura familiar, composta em R$ 30 bilhões.

A luta pela educação no campo também é uma das principais pautas em discussão, pois nos últimos oito anos foram fechadas mais de 24 mil escolas no meio rural, segundo dados do Censo Escolar do INEP/MEC (2002 a 2009), e da Pesquisa de Avaliação da Qualidade dos Assentamentos da Reforma Agrária INCRA (2010).

Jornada Nacional da Via Campesina

Desde segunda-feira (22/08), Brasília recebe quatro mil trabalhadores e trabalhadoras rurais de 23 estados e do Distrito Federal dos movimentos da Via Campesina num grande Acampamento por Reforma Agrária, nos arredores do Ginásio Nilson Nelson.

A mobilização integra a Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que acontece em todo o Brasil desde o dia 22 de agosto. Além do acampamento, atos políticos e culturais devem acontecer em Brasília e nos Estados onde os movimentos da Via Campesina estão organizados.

 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr