Famílias Sem Terra são despejadas com truculência pela PM do Pará

 

Da Página do MST


As 150 famílias organizadas pelo MST que ocuparam a Fazenda Nova Era, em Eldorado dos Carajás, foram despejadas em ação truculenta da Polícia Militar, que contou com suporte de fazendeiros da região, nesta quarta-feira.

As famílias ocuparam o latifúndio na terça-feira para denunciar que a fazenda é grilada e deve ser destinada à Reforma Agrária.

 

Da Página do MST

As 150 famílias organizadas pelo MST que ocuparam a Fazenda Nova Era, em Eldorado dos Carajás, foram despejadas em ação truculenta da Polícia Militar, que contou com suporte de fazendeiros da região, nesta quarta-feira.

As famílias ocuparam o latifúndio na terça-feira para denunciar que a fazenda é grilada e deve ser destinada à Reforma Agrária.

Sem estabelecer diálogo algum com as famílias acampadas, o forte aparato policial, que estava armados para uma guerra, deu ordens para que todas as famílias se retirassem em 30 minutos.  Os policiais ameaçaram que o não cumprimento poderiam levá-los a “ações mais enérgicas” e que não se responsabilizariam pelas conseqüências.

“Denunciamos as arbitrariedades dessa ação de despejo pactuada pela aliança de classe entre os representantes do Estado e os fazendeiros da região. O estado paraense tem apoiado um fazendeiro acusado de grilagem de terras e de maus tratos a seus trabalhadores, revelando falta de compromisso com a Reforma Agrária no Pará”, avalia Charles Trocate, da coordenação do MST.    

As famílias permanecerão firmes e mobilizadas para continuar na luta pela conquista da terra e pela implementação da Reforma Agrária.

Em função da ação de despejos, centenas de famílias de trabalhadores rurais Sem Terra se mobilizaram e fecharam diferentes trechos de estradas na região sudeste do PA.

Foi fechada a rodovia BR-155 pelo Acampamento João Canuto (sentido Eldorado dos Carajás à Xinguara) e pelo Acampamento Frei Henri (sentido Curionópolis à Parauapebas).

“Queremos estabelecer um processo de negociação com os governos federal e estadual e, até que isso se efetive, permaneceremos em luta e mobilizados”, afirma Charles.