Sem Terra marcham do Dnocs para a secretaria da Fazenda do Ceará

 

Da Página do MST



Na manhã desta sexta-feira (26/8), cerca de 1.000 trabalhadores rurais do MST e de outros movimentos sociais saíram em marcha em Fortaleza (CE) do prédio do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), que está ocupado desde terça-feira

A marcha partiu em direção à Secretaria da Fazenda, na Avenida Bezerra de Meneses.

 

Da Página do MST

Na manhã desta sexta-feira (26/8), cerca de 1.000 trabalhadores rurais do MST e de outros movimentos sociais saíram em marcha em Fortaleza (CE) do prédio do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), que está ocupado desde terça-feira

A marcha partiu em direção à Secretaria da Fazenda, na Avenida Bezerra de Meneses.

No Ceará, os movimentos denunciam o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, a fixação de eólicas sobre dunas e comunidades, a prática da carcinicultura e da especulação imobiliária no litoral, todas ameaças à vida dos povos tradicionais da Zona Costeira.

Os movimentos também exigem a fiscalização do uso de agrotóxicos e o fim da pulverização aérea na Chapada do Apodi, região que vem sendo contaminada devido ao uso intensivo de agrotóxicos pelas empresas de fruticultura, como a Frutacor, conforme já registraram pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Ceará e também pela Faculdade Dom Aureliano Matos.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o que causa impactos à saúde da população e ao meio ambiente, como vem ocorrendo no Ceará.

De acordo com Marcelo Matos, do Setor de Comunicação do MST, outra reivindicação é o fim da privatização dos perímetros e projetos de irrigação para o agronegócio. “Nós defendemos um novo modelo agrícola, baseado na agricultura familiar, camponesa, que fixe as pessoas no meio rural, garanta terra, gere emprego e renda”.

Mais ações

Foi ocupada também nesta manhã a sede da Caixa Econômica Federal, também na capital cearense, por 500 trabalhadores ligados ao MST, ao Movimento dos Conselhos Populares e à Central de Movimentos Populares, que moram na Comuna 17 de Abril, no bairro José Walter.

Eles cobram a construção de 1.200 moradias já prometidas pelos governos federal, estadual e municipal.

Há outras ações em Icó, onde 200 trabalhadores do MST e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) estão acampados na sede do Dnocs regional.

As mobilizações fazem parte da Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, que acontece em todo o País para exigir mudanças no padrão agrícola e apresentar propostas para a agricultura brasileira.

A Via Campesina, que reúne Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens(MAB), Movimento dos Pescadores e Pescadoras, Quilombolas, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Sindicato dos Trabalhadores na EMBRAPA, CIMI (Conselho Indigenista Missionário).