MST tranca duas rodovias, ocupa fazendas em Mato Grosso e no Tocantins

 

 

O MST promove em Mato Grosso protestos em três regiões do estado, nesta segunda-feira (17), para cobrar o assentamento imediato de 2 mil famílias, renegociação das dívidas bancárias e crédito fomento e moradia.

Em Sinop, cerca de 400 pessoas fecharam hoje cedo a BR-163 para cobrar o reconhecimento dos pré-assentamentos Keno, onde 500 famílias esperam para ser assentadas; Olga, que possui 47 famílias; Novo Renascer com 40; 12 de outubro com 180 e Santa Rosa com 300.

“As áreas já estão recortadas e só falta o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) reconhecer os pré-assentamentos, para que virem assentamentos, com posse definitiva”, explica José Vieira, o Zezão, da coordenação estadual do MST.

Em Cáceres, está fechada a BR-070. Cerca de 450 pessoas trancaram a rodovia. Outras 650 famílias ocuparam novamente a Fazenda Mutum, onde houve um despejo em julho deste ano. A pauta de Cáceres é a mesma de Sinop.

Já em Rondonópolis está prevista para a manhã de hoje uma manifestação em frente ao Banco do Brasil para cobrar a renegociação da dívida dos assentados. Está marcada uma audiência com o gerente do Banco para as 13 horas. Além da renegociação da dívida, os sem-terra querem também crédito fomento e moradia.

Tocantins 

Cerca de 200 famílias do MST e MAB ocuparam a fazenda Santa Rita, a 35 km de Palmas, em Tocantins, para cobrar a desapropriação da área e criação de um assentamento, manhá desta segunda-feira (17/10).

O latifúndio tem 4.800 hectares e está abandonado. Não há nenhuma atividade agrícola na fazenda.

De acordo com a Constituição, latifúndios que não cumprem a função social da terra devem ser desapropriados e destinados à Reforma Agrária.

O proprietário da fazenda é Alcides Rabeskini, que não reside no Tocantins e possui outros latifúndios na região.

Em abril, no município de Porto Nacional, 300 famílias ocuparam outra fazenda do latifundiário.

O MST denuncia também crimes ambientais e desrespeito à legislação trabalhista pelo fazendeiro.