Contra a violência do capital e do patriarcado

 


A violência, especialmente a violência doméstica, é uma das principais formas de violação dos direitos humanos das mulheres, afetando a saúde, integridade física, emocional e patrimonial.

Muitas mulheres camponesas sofrem também por não ter terra e condições para permanecer no campo. Ainda suportam a violência dentro de sua própria casa, na
família e comunidade.

 

A violência, especialmente a violência doméstica, é uma das principais formas de violação dos direitos humanos das mulheres, afetando a saúde, integridade física, emocional e patrimonial.

Muitas mulheres camponesas sofrem também por não ter terra e condições para permanecer no campo. Ainda suportam a violência dentro de sua própria casa, na
família e comunidade.

A Campanha da Via Campesina de combate a violência é o primeiro passo de uma longa caminhada. As saídas apontadas para acabar com a violência só se dão quando as mulheres conquistaram sua autonêmia, que cada vez mais se torna privilégio para as mulheres da cidade.

Para as camponesas, essa realidade ainda está longe de chegar. Não tem sentido lutar contra o agronegócio, o capital, e o ser humano permanecer oprimido.

Temos dois caminhos a percorrer para acabar com a violência: construir novos valores e novas relações e lutar contra o inimigo maior que é o capital. Não basta só denunciar, tem de buscar as raízes da violência.

As raízes estão fundamentalmente:

1. No sistema capitalista que gera pobreza e afeta de forma mais violenta as mulheres.

2. No acesso desigual aos recursos naturais, aos bens e serviços.

3. Nas relações de opressão entre homens e mulheres e entre classes sociais.Tem ligação com a forma com que a sociedade capitalista molda as pessoas de acordo com seus interesses. Por isso temos que desnaturalizar papéis.

4. Na perda da autonomia econômica, produtiva e do corpo das mulheres.

5. Na cultura capitalista, patriarcal e machista que reduz o corpo e a vida das mulheres a objeto e mercadoria.

6. Nos valores capitalistas, individualistas, consumista.

7. No plano simbólico em que a sociedade determina o ser mulher.

8. Na natureza do Estado burguês que regulariza a opressão e a discriminação das mulheres.

Contra a violência do capital e do patriarcado: mulheres em luta, sempre!