Mulheres protestam contra novo Código Florestal no Rio de Janeiro



Da Agência Petroleira de Notícias

Da Agência Petroleira de Notícias

No Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, mulheres do campo e da cidade no Rio de Janeiro realizaram luta contra o novo Código Florestal. A atividade faz parte da jornada nacional de Luta das Mulheres da Via Campesina, na luta contra o modelo do agronegócio e pela soberania ambiental.

No inicio da manifestação foi ocupado os trilhos dos arcos da lapa e colocado uma faixa pedindo “Veta Dilma” , local simbólico do Rio, com o objetivo de chamar atenção da sociedade e da imprensa para essa pauta urgente.

Nívia Regina, dirigente do MST, disse que as mudanças propostas atendem aos interesses dos ruralistas e afetam drasticamente o meio ambiente, prejudicando a todos, sobretudo às futuras gerações:

“A votação do novo Código estava pautada para os dias 6 e 7 de março, mas foi adiada. Os ruralistas querem avançar ainda mais nas alterações. O que seria ruim, pode ficar ainda pior.  Querem anistia total das multas, por infringirem as atuais regras de proteção ambiental. Querem provocar mais desmatamento. Querem reduzir mais as áreas de proteção ambiental. A seca, as enchentes, a expansão dos desertos verdes, a destruição de ricos mananciais de água estão entre as conseqüências mais evidentes, caso as modificações do Código, pretendidas pelo agronegócio, sejam aprovadas”, explicou.

Solidária com a manifestação, a professora de História Fernanda Cardozo, que passava pela Lapa durante a manifestação, comentou:

“As mulheres, sempre associadas à defesa da vida, à fertilidade, às sementes, às águas não poderiam ficar caladas, na data em que são homenageadas, diante dessa agressão à natureza e à vida”.

No Rio de Janeiro, as camponesas estavam distribuindo à população um modelo de carta, pedindo o veto da Presidenta Dilma a vários artigos do novo código. A carta deve ser subscrita por aqueles que concordam com seu conteúdo, e encaminhada à Presidenta da República.