MST ocupa o Incra em Salvador e mantém 24 latifúndios ocupados na Bahia

 
Da Página do MST

Cerca de 3 mil integrantes dos movimentos sociais do campo, como o MST, montaram acampamento, na manhã desta segunda-feira, na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

O MST já ocupou 24 fazendas na Bahia, desde o começo do mês de abril.
Foram ocupações no Extremo Sul, Sul, Sudoeste, Baixo Sul, Chapada, Recôncavo, Norte e Nordeste. Duas ocupações foram realizadas nesta segunda-feira, em Juazeiro e Queimada (veja lista completa abaixo)

 
Da Página do MST

Cerca de 3 mil integrantes dos movimentos sociais do campo, como o MST, montaram acampamento, na manhã desta segunda-feira, na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

O MST já ocupou 24 fazendas na Bahia, desde o começo do mês de abril.
Foram ocupações no Extremo Sul, Sul, Sudoeste, Baixo Sul, Chapada, Recôncavo, Norte e Nordeste. Duas ocupações foram realizadas nesta segunda-feira, em Juazeiro e Queimada (veja lista completa abaixo)

Os grupos sem-terra prometem ainda interditar parte das rodovias baianas amanhã, por 21 minutos, para lembrar a passagem dos 16 anos do episódio.

Na Bahia, os sem-terra cobram a aceleração dos projetos de reforma agrária, por parte do governo federal, medidas contra a estiagem que atinge o semiárido baiano. De acordo com o governo baiano, 200 municípios decretaram situação de emergência por causa da seca, a pior dos últimos 30 anos.

Ocupações

Mais de mil trabalhadores rurais Sem Terra ocupam 4 áreas no sul da Bahia, nos municípios de Alcobaça, Prado, Mucuri e Teixeira de Freitas. Três das quatro áreas ocupadas pertencem à empresa Suzano Celulose.

Segundo Evanildo Costa, da direção estadual do MST, pretende-se ocupar por volta de 50 áreas ao longo deste mês, tendo como alvo principal o modelo de produção do agronegócio.

“Apenas três empresas da região – Fíbria, Suzano e Stora Enso – controlam mais de 1 milhão de hectares. O agronegócio chegou na região prometendo um monte de coisa à população. Só que passado um tempo, essas promessas não se tornaram realidade. Ao contrário, o agronegócio expulsa as famílias do campo, envenena os rios, e não permite o desenvolvimento da  agricultura familiar”, denuncia Evanildo.

Segundo ele, “as famílias acabam tendo que abandonar suas terras ou até mesmo vendê-las a essas empresas. Essa insatisfação da população tem feito as famílias procurarem o Movimento para entrar na luta pela Reforma Agrária e por justiça social, o que tem fomentado a luta na Bahia”, pontua.

As ocupações na Bahia começaram no dia 1°de abril. As ações fazem parte da Jornada Nacional da Luta pela Reforma Agrária, ao rememorarem o assassinato de 21 Sem Terra em 1996, em Eldorado dos Carajás, no Pará, pela Polícia Militar.16 anos após o ocorrido que ficou conhecido como o Massacre de Eldorado dos Carajás, nenhuma pessoa foi presa.