MDA passou a noite com o povo
Por Igor Felippe Santos
Da Página do MST
Os ministros do governo federal podem acordar tranquilos.
O patrimônio público passou a noite sob controle do povo, pelo menos no Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O MST, que ocupou o ministério na manhã desta segunda-feira, para cobrar o assentamento das 186 mil famílias acampadas, tem como conduta preservar o patrimônio público.
Não parece que o Ministério da Fazenda tem a mesma responsabilidade.
Por Igor Felippe Santos
Da Página do MST
Os ministros do governo federal podem acordar tranquilos.
O patrimônio público passou a noite sob controle do povo, pelo menos no Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O MST, que ocupou o ministério na manhã desta segunda-feira, para cobrar o assentamento das 186 mil famílias acampadas, tem como conduta preservar o patrimônio público.
Não parece que o Ministério da Fazenda tem a mesma responsabilidade.
Lá o patrimônio público vem sendo dilapidado ano a ano com o pagamento de juros, rolagem e refinanciamento dos títulos da dívida pública.
Os títulos da dívida pública brasileira estão sob propriedade de bancos, fundos de investimentos, fundos de pensão do capital financeiro.
O pagamento da dívida pública drenou do orçamento geral da União, apenas em 2011, R$ 708 bilhões (que representa cerca de 45,05% do total do orçamento).
O Ministério da Fazenda desvia o orçamento esse montante.
Não respeita o patrimônio público, uma vez que todo o povo brasileiro paga impostos para que sejam investidos em escolas, hospitais, transporte público, estradas… mas são desviados.
Os ministros preocupados com o patrimônio público devem se voltar ao ministro Guigo Mantega, nas reuniões do núcleo do governo, e dizer com firmeza:
-É nosso dever preservar o patrimônio público.
Os ministros preocupados com o patrimônio público devem defender também a instalação da CPI do Carlinhos Cachoeira e da Privataria Tucana.
Esses casos de corrupção dilapidaram o patrimônio e recursos públicos.
Se se quer preservar o patrimônio público, nesse caso, é necessário instalar essas CPIs, investigar, punir os responsáveis e retomar os recursos desviados e as empresas privatizadas.
O patrimônio público está ameaçado também com o corte de 70% do orçamento do Incra.
A assistência técnica para assentamentos rurais, criados a partir de um programa público, está ameaçada.
E os cursos promovidos em parceria pelo Incra e universidade públicas, que inclusive já tiveram etapas realizadas, também foram prejudicados.
Em defesa da reforma agrária e contra os cortes no orçamento de programas públicos, ocupamos o ministério e, diante da inoperância do governo, decidimos permanecer até hoje.
É nosso dever preservar o patrimônio público.
Se os ministros preocupados com o patrimônio público não dormiram tranquilos, foi por ter na memória os compromissos que firmaram com o MST em acampamento em agosto de 2011.
Quase nada saiu do papel.
Abaixo, veja os compromissos assumidos pelo governo com o MST, pela voz do ministro Gilberto Carvalho.