MST nega acusações relacionadas à ocupação do Lanagro, em Sarandi

 

Coordenação do MST do Rio Grande do Sul

 

Diante das acusações infundadas divulgadas pelo Ministério da Agricultura e pela mídia, relacionadas à ocupação do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), no município de Sarandi, a Coordenação do MST do Rio Grande do Sul esclarece:

 

Coordenação do MST do Rio Grande do Sul

 

Diante das acusações infundadas divulgadas pelo Ministério da Agricultura e pela mídia, relacionadas à ocupação do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), no município de Sarandi, a Coordenação do MST do Rio Grande do Sul esclarece:

1-A ocupação foi realizada por 200 famílias, que estão há nove anos acampadas. Há praticamente uma década o governo federal,  responsável constitucional Rela reforma Agrária, se omitiu e não apresentou qualquer solução às famílias de agricultores. No último período, o governo amargou os piores números de criação de assentamentos, o que motivou uma vigorosa jornada de lutas do MST em todo país.

2-Setores do próprio Ministério da Agricultura (MAPA) insistem em privatizar a pesquisa pública e gerenciam o ministério como serventes do agronegócio. Nós defendemos a pesquisa agropecuária, a assistência técnica de qualidade e o desenvolvimento de ciência e tecnologia a todos os agricultores brasileiros. Não para as empresas internacionais, como gostariam certos “gestores públicos”.

3-Diante de nove anos morando em uma lona preta, diante da omissão e da inoperância do Estado, as famílias acampadas não encontraram outra maneira de denunciar sua situação que não, mais uma vez, realizando uma ocupação de terras. Se não tivéssemos realizado essa ocupação, não estaríamos discutindo agora a situação dessas famílias. Os gerentes do Mapa, que são tão preocupados com os bovinos, nunca demonstram a mesma preocupação nem se manifestaram em relação à situação das famílias acampadas.

4-A entrada e a desocupação da área foi pacífica, demonstrando nosso interesse em avançar a Reforma Agrária e solucionar a situação de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e no país. Estamos surpreendidos que agora “apareçam” sinais de vandalismo e destruição. Não realizamos nenhuma ação desse tipo e lamentamos que o assunto seja tratado dessa forma histérica, encobrindo o verdadeiro debate sobre a utilização do laboratório e a necessidade do assentamento de todas as famílias acampadas no estado.