Juventude Metalúrgica do ABC reafirma apoio ao MST em visita à ENFF

 

Por Marcelo Buzetto
Da Página do MST

Mais uma vez a Juventude Metalúrgica do ABC, organizada por diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, manifesta sua solidariedade com a luta do MST por terra, reforma agrária e transformações sociais.

No último sábado (21) um grupo de 35 jovens militantes visitou a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP). Essa foi mais uma atividade para fortalecer os laços de solidariedade entre os trabalhadores do campo e da cidade.

Segundo Max Pinho, do Comitê Sindical da Mercedez Benz e coordenador do Coletivo da Juventude Metalúrgica do ABC, o objetivo da visita foi “conhecer a importância da escola na formação política dos dirigentes de diversas organizações de esquerda a nível nacional e internacional. Os jovens assistiram um filme institucional da escola, conheceram o programa pedagógico, conheceram a forma de se organizarem através da auto-gestão, conheceram as salas de aulas, a gigantesca biblioteca e também tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a
organização e ações do MST”.

Em 2011, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC apoiou a Brigada Internacionalista do MST/Via Campesina Brasil que foi para a Palestina, trabalhar na colheita de azeitonas. O jovem Max Pinho, da Juventude Metalúrgica do ABC fez parte da Brigada.

Marighella

Ainda em abril, por meio do Núcleo de Militantes do MST Carlos Marighella (que atua na região do Grande ABC), metalúrgicos, sem terra e militantes de diversas organizações prestaram juntos uma homenagem ao revolucionário brasileiro Carlos Marighella, em debate que contou com a presença de Aton Fon Filho (ALN, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos), Marcelo Buzetto (MST) e Pedro Gebrim (Levante Popular da Juventude).

O debate ocorreu no dia 12 de abril, no Centro de Formação Celso Daniel, e um dos temas que ganhou destaque foi a luta para que a Comissão da Verdade tenha força e autoridade para investigar, processar e punir os torturadores e assassinos da época da ditadura civil-militar (1964-1984). O tema foi “A importância de Carlos Marighella para os movimentos sociais e para a juventude”.

Foram destacadas várias qualidades do revolucionário: o gosto pelo estudo, a ousadia, a coragem, a capacidade de fazer a crítica e a autocrítica, a capacidade de construção de alianças, etc. Mas Aton Fon, que conviveu com Marighella, lembrou que “Marighella sempre foi um homem de ação, sempre disposto a identificar e resolver os problemas”. Essa era, segundo ele, uma de suas principais qualidades.

A visita à ENFF é parte de uma série de atividades conjuntas que visam ampliar o debate sobre a luta pela reforma agrária e fortalecer a solidariedade entre o movimento operário-sindical e os movimentos populares.

“A visita nos deu a oportunidade de realizarmos uma troca de experiência, no sentido da formação política, na organização popular e de nos aproximarmos cada vez mais dos trabalhadores do campo”, afirmou Max Pinho, coordenador do Coletivo de Juventude dos Metalúrgicos do ABC.

Além dos jovens metalúrgicos estavam presentes na visita militantes da Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) de São Bernardo do Campo e estudantes do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário Fundação Santo André.