“Quero agradecer o apoio do MST ao processo de nacionalização da YPF”


Da Página do MST


Na semana em que se mobilizaram em Brasília por Reforma Agrária e pelo fim da impunidade no campo, os cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais Sem Terra acampados em Brasília levaram seu apoio e solidariedade às iniciativas do governo da Argentina em defesa da soberania de seu povo.


Da Página do MST

Na semana em que se mobilizaram em Brasília por Reforma Agrária e pelo fim da impunidade no campo, os cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais Sem Terra acampados em Brasília levaram seu apoio e solidariedade às iniciativas do governo da Argentina em defesa da soberania de seu povo.

No dia 16 de abril, a presidenta Cristina Kichner anunciou que o governo encaminhou projeto de lei ao Congresso Nacional estabelecendo a expropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF.

Durante o ato – que aconteceu no dia 20 – uma comitiva do MST foi recebida pelo embaixador Fernando Brun.

“Somos um processo histórico, herdeiros de lutas travadas por San Martin, Bolívar, Martí, e em todas elas há um elemento fundamental: a construção da “pátria grande”, a pátria latinoamericana”, afirmou Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST, para quem a nacionalização deveria ser exemplo para o governo brasileiro.

Segundo ele, “o Norte sempre tentou nos afastar disso, mas sempre nasce em cada momento histórico uma luz de integração popular. Hoje há uma possibilidade real de integração dos países que estão na ALBA, na CELAC, para que possamos ter uma integração real, popular, que ninguém consegue deter quando acontece”.

O dirigente do MST ressaltou que “os recursos naturais são de vocês e são vocês quem têm de cuidar deles, da forma que acharem melhor. Esse exemplo do governo argentino e de seu povo nos faz acreditar que o sonho da integração popular é possível. A presidenta Dilma deveria fazer o mesmo”.

“Quero agradecer o apoio do MST ao processo de nacionalização da companhia YPF. Os países e os povos latinoamericanos deixaram bem claro qual é a meta da integração: uma integração entre governos, mas que seja diretamente relacionada com a dimensão social e que promova a integração entre os povos”, disse o diplomata, que também mencionou a necessidade de integração dos povos sul-americanos em defesa da soberania das Ilhas Malvinas.

“Vocês têm meu compromisso de que as palavras de apoio do MST serão transmitidas à presidente Cristina. Essa solidariedade dos grupos sociais representa muito num momento como esse, porque representa o apoio do povo, mais do que de um governo. De coração, muito obrigado”, completou.