MST realiza 1ª Oficina de Assessoria e de Comunicação Popular no Paraná

 



Por Comunicação MST/ PR
Da Página do MST

 


Por Comunicação MST/ PR
Da Página do MST

A mídia corporativa controlada pela elite burguesa há muito tempo vem massacrando a classe trabalhadora por meio da distorção e manipulação da realidade. Sabendo disso, e sentindo a necessidade de ter mais pessoas qualificadas na área da comunicação, o MST realizou durante os dias 7 a 9 de maio a 1º Oficina de Assessoria de Imprensa, em Curitiba (PR).

Segundo Geani Paula Souza, coordenadora da frente de assessoria de imprensa no estado, a oficina aconteceu pela preocupação do Setor de Comunicação em cobrir e divulgar as ações que o Movimento vem desenvolvendo, o que se torna muitas vezes difícil, já que são cerca de 24 mil famílias em áreas do MST no estado, e apenas três responsáveis pela assessoria.

“Sentiu-se a necessidade de fazer uma oficina para formar pessoas nessa área, para que elas possam divulgar ações nas suas regiões, e também entender a imprensa.”
 
A ideia foi garantir a participação de uma pessoa por regional e uma por cooperativa. “Tivemos seis jovens participando. Sabemos que um curso de apenas três dias é muito pouco, precisamos garantir a formação continuada, o acompanhamento e o envolvimento deles nas atividades do Movimento”, acrescenta Paula.

Jaqueline Boeno D’avila que participou do curso e é integrante da equipe de comunicação do MST da região centro sul, onde está sendo desenvolvido o Jornal Terra Vermelha – distribuído para 5 mil famílias assentadas -, diz que o curso veio para somar no processo de construção da comunicação da região.

“O curso veio nesse encontro de conseguir se aprofundar de conceitos teóricos, e na prática, em saber elaborar release, nota e matéria”, salienta.

A comunicadora acrescenta ainda que esse momento de formação serviu para entender melhor a comunicação e seus veículos. “Até então eu tinha pouco conhecimento da comunicação, não era um conhecimento profundo, agora pude entender como se utilizar dessas ferramentas. Além disso, ficou claro que precisamos ter o cuidado de como a mídia burguesa trata nossas ações .”

Durante os três dias de oficina foram trabalhados tantos os aspectos técnicos da escrita quanto a parte teórica, possibilitando aos comunicadores do Movimento, uma melhor compreensão do funcionamento da mídia hegemônica e a maneira como ela retrata as lutas dos movimentos sociais.

1º Curso Estadual de Comunicação Popular

Dando continuidade na formação, os comunicadores participaram do 1º Curso Estadual de Comunicação Popular, entre os dias 9, 10 e 11 de maio, tendo como lema “Comunicação como direito humano e ferramenta de mobilização popular”.

A atividade teve como objetivo fortalecer as iniciativas de comunicação popular que já existem, além de fortalecer o debate em torno da democratização da comunicação.

A iniciativa que foi do Jornal Brasil de Fato, do Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo (Cefuria), do MST, da produtora QuemTV, entre outras organizações, teve a participação de aproximadamente 100 pessoas, entre comunicadores populares, lideranças comunitárias, estudantes, jornalistas e diretores de sindicatos e entidades sociais.

Igor Felippe, da coordenação do setor de comunicação do MST, fez parte da mesa do segundo dia, podendo contar como é feita a comunicação no Movimento. Além do Igor, também fizeram parte das mesas Vito Gianotti, do Núcleo Piratininga de Comunicação (RJ), Elaine Tavares, do Instituto de Estudos Latino-Americanos e da Revista Pobres e Nojentas, Beto Almeida, da Tele Sur, entre outros.