Sem Terra participam de seminário sobre agroecologia no Rio Grande do Sul


Da Página do MST

Cerca de 100 militantes do MST, provenientes dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, participaram do Seminário de Agroecologia, no Centro de Formação Sepé Tiaraju, no assentamento Filhos de Sepé, localizado no município de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre.

Entre os dias 12, 13 e 14 de setembro, os Sem Terra puderam debater a situação dos assentamentos e o enfrentamento ao capital e ao agronegócio, e os possíveis rumos das práticas agroecológicas na produção agrícola brasileira.

Da Página do MST

Cerca de 100 militantes do MST, provenientes dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, participaram do Seminário de Agroecologia, no Centro de Formação Sepé Tiaraju, no assentamento Filhos de Sepé, localizado no município de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre.

Entre os dias 12, 13 e 14 de setembro, os Sem Terra puderam debater a situação dos assentamentos e o enfrentamento ao capital e ao agronegócio, e os possíveis rumos das práticas agroecológicas na produção agrícola brasileira.

No primeiro dia de encontro, a discussão se fundamentou sobre a força política e social do Movimento Sem Terra nos dias de hoje, e o atual papel dos assentamentos enquanto força política.

O debate em torno da agroecologia teve como base o papel desta prática enquanto uma força no enfrentamento ao modelo do agronegócio e as dificuldades na sua implementação frente aos ataques do capital e a inoperância do governo federal, com referência às políticas de Reforma Agrária e de mudança na estrutura de propriedade da terra.

Outro ponto levantado foi o discurso de “sustentabilidade” atualmente adotado pelo agronegócio e o seu potencial ilusório, uma vez que esse modelo não mexe na situação de dominação do campesinato pelo grande capital bem como mantém intacta a configuração do latifúndio como forma dominante da estrutura fundiária.
 
No segundo dia, na parte da manhã, cada estado apresentou o que estão desenvolvendo no âmbito da agroecologia e até onde puderam chegar com suas experiências, revelando os avanços obtidos e os atuais limites na região sul.

Já na parte da tarde, os participantes visitaram assentamentos nas cidades de Guaíba e Nova Santa Rita. Conheceram a história e a experiência de camponeses que utilizam esse modo de produção em seus cultivos. A agroecologia, ressaltaram os camponeses, constitui-se não somente na negação da utilização de sementes geneticamente modificadas e do agrotóxicos, mas também se refere às relações de igualdade de gênero e respeito às demais formas de vida.

Durante a manhã do último dia, as discussões giraram em torno de temas como: pesquisa/tecnologia e acesso à informação; certificação e comercialização dos produtos; orientação técnica adequada; formação nos cursos do MST e o Decreto sobre agroecologia.

Os participantes também se adentraram sobre temas para compor uma Pauta Política para a Agroecologia, além da reflexão de como interiorizar o debate nas direções do Movimento. O seminário encerrou com a organização de uma agenda de reuniões para aprofundar os temas da Certificação, Intercooperação e a Formação em nossos cursos.